EUA: impactos da liberação no mercado de lácteos

Apesar das recentes rodadas de negociação da Organização Mundial do Comércio (OMC) terem falhado, o estabelecimento de políticas comerciais mais liberais continua nas agendas de muitos países e muitas organizações, de acordo com o editor da <i>Dairy Profit Weekly</i>, Dave Natzke. Ele detalhou um novo estudo da Universidade de Wisconsin que analisou as várias opções de políticas comerciais e seu impacto nos produtores, consumidores e governo dos EUA.

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Apesar das recentes rodadas de negociação da Organização Mundial do Comércio (OMC) terem falhado, o estabelecimento de políticas comerciais mais liberais continua nas agendas de muitos países e muitas organizações, de acordo com o editor da Dairy Profit Weekly, Dave Natzke. Ele detalhou um novo estudo da Universidade de Wisconsin que analisou as várias opções de políticas comerciais e seu impacto nos produtores, consumidores e governo dos EUA.

O estudo, chamado "Impactos da Liberalização Comercial no Mercado de Lácteos dos EUA", foi escrito por Tingjun Peng e Tom Cox, da Universidade de Wisconsin-Madison. Os autores compararam o atual programa doméstico de suporte aos preços e às políticas comerciais no setor de lácteos com várias alternativas que estão em consideração, estimando os potenciais impactos na produção de leite, nos preços e na demanda, bem como os gastos do Governo nos países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Considerando as reformas políticas mais liberais, incluindo a eliminação de todas as políticas domésticas e comerciais, os consumidores e o Governo seriam os maiores ganhadores nos EUA e na União Européia (UE), de acordo com Natzke. Os consumidores dos EUA economizariam cerca de US$ 1,6 bilhão anualmente em produtos lácteos mais baratos e o Governo economizaria cerca de US$ 1 bilhão anualmente nos menores subsídios de exportação e em menores gastos com suporte aos preços.

Entretanto, neste cenário, os produtores de lácteos dos EUA veriam um declínio nos preços do leite de cerca de 4%, com a produção anual caindo cerca de 2%, com as perdas totalizando cerca de US$ 1,9 bilhão, de acordo com o estudo. No entanto, isso é pouco quando comparado com a UE, onde os produtores de leite teriam perdas de cerca de US$ 24 bilhões, disse Natzke.

O estudo também estimou o impacto da eliminação de somente as políticas no setor de lácteos. Neste cenário, os produtores de leite dos EUA e da UE seriam, novamente, os maiores prejudicados, em cerca de US$ 2 bilhões e US$ 24 bilhões, respectivamente, à medida que haveria declínio nos preços e na produção.

Além disso, o estudo estimou o impacto da eliminação das políticas comerciais apenas e, neste caso, os produtores de leite dos EUA ganhariam US$ 419 milhões pelo aumento nas exportações, mas os produtores da UE perderiam cerca de US$ 10 bilhões em perdas de mercados e/ou menores preços.

A reportagem foi publicada no site DairyLine.com.
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