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Quatro fazendas leiteiras do Estado de Indiana, nos Estados Unidos, assinaram conjuntamente um acordo histórico com a Corporação de Créditos Ambientais (Environmental Credit Corp - ECC) para criar mais de um milhão de créditos de carbono em projetos de redução dos chamados gases estufa, considerados causadores do aquecimento global. Cada crédito é equivalente a uma tonelada de dióxido de carbono impedida de entrar na atmosfera. As reduções de gases dessas fazendas são comparáveis à compensação das emissões de 20 mil carros.
As quatro fazendas, Bos, Herrema, Hidden View e Windy Ridge, localizadas em Fair Oaks, têm 17 mil vacas e produzem mais de 378,541 mil litros de leite por dia. Com o compromisso de fazer um manejo sustentável dos dejetos, as fazendas instalaram digestores de biogás. "Por causa da tecnologia que usamos, estamos transformando os dejetos em algo valioso. O biogás que produzimos é cerca de 60% metano. Utilizamos isso (a energia gerada) para aquecimento e eletricidade. Agora, além da energia, nos qualificamos para créditos de carbono", disse Tony Bos.
Para obter mais benefícios dos potenciais mercados de créditos de carbono, as fazendas optaram por trabalhar com a ECC, que é membro da Bolsa de Clima de Chicago (Chicago Climate Exchange - CCX), único sistema de comércio de créditos de carbono dos EUA. A ECC trabalha com as fazendas para desenvolver protocolos de projetos, monitorar e certificar suas reduções nas emissões de metano e administrar os créditos de carbono resultantes. O metano é um potente gás estufa, que promove o aquecimento global 21 vezes mais rápido do que o dióxido de carbono. Os créditos de carbono atualmente custam cerca de US$ 4 a tonelada nos EUA, mais do que os US$ 2 em 2005.
Com cerca de oito milhões de vacas leiteiras nos EUA, os rendimentos potenciais para a indústria de lácteos dos créditos de carbono podem exceder dezenas de milhões de dólares anualmente à medida que o mercado de créditos de carbono se amplie.
A reportagem é do site da Environmental Credit Corp.
