EUA: demanda por lácteos apresenta alta

Estamos quase chegando ao aniversário de um ano da pandemia da Covid-19 e muitos ajustes foram feitos em muitas áreas da vida em todo o mundo. Todos nós podemos nos lembrar de quando houve uma corrida pelo leite no varejo, resultando em prateleiras vazias por longos períodos de tempo. Isso criou mais frenesi com alguma acumulação ocorrendo, resultando em supermercados tendo que colocar limites na quantidade de leite que poderia ser comprada de uma só vez.

Assim que a cadeia de abastecimento se ajustou, havia um estoque abundante de leite disponível. O resultado foi um aumento significativo nas vendas de leite fluido embalado nos meses de junho e julho. A maioria dos consumidores fazia as refeições em casa e comprava produtos nutritivos para melhorar a saúde, sendo o leite um deles. As vendas de cereais aumentaram drasticamente devido ao maior número de cafés da manhã consumidos em casa, aumentando a procura de leite através do consumo de cereais.

No entanto, isso não durou muito, pois os consumidores se adaptaram a um estilo de vida diferente, com os hábitos alimentares de certos alimentos voltando um pouco ao que eram antes. O resultado foi uma queda no consumo de leite fluido novamente em comparação ao ano anterior, com exceção de dezembro, que apresentou um aumento de 1,5% em relação a dezembro de 2019.

As vendas totais de leite fluido em 2020 caíram 0,1% em relação a 2019. Este foi o menor declínio anual dos últimos anos. Continua sendo uma preocupação que, embora seja um pequeno declínio, ainda é um declínio. Além disso, esse tem sido o padrão por alguns anos.

A demanda por queijo compensou isso com aumentos constantes vistos ao longo dos anos. Portanto, o declínio do consumo de leite fluido não é tão ruim quanto parece para o consumo geral de leite, sendo que esta é provavelmente uma tendência que continuará.

Há mais competição por bebidas alternativas à base de plantas que têm crescido em popularidade, mas que ainda não se infiltraram no mercado de queijos em nenhum grau ainda. Tem havido um interesse crescente em queijos à base de vegetais, mas isso pode levar algum tempo para se firmar no mercado.

As vendas de iogurte também aumentaram significativamente em 2020. No varejo tiveram um ganho de 15% ano a ano em março devido ao pânico na compra apenas para retornar aos níveis de vendas pré-pandemia em abril.

As embalagens de porções individuais eram importantes para alunos que almoçavam na escola ou para pessoas que trabalhavam fora de casa, mas o consumo de alimentos em casa mudou a tendência de compras para embalagens com porções maiores.

O novo normal ficou evidente ao comparar as vendas de unidades em queda com um aumento no volume total. O iogurte tem sido uma inclusão importante no Programa Farmers to Families Food Box. Na caixa de combinação regular, o iogurte pode ser combinado com o queijo para atingir os 5-6 libras (2,2-2,7 kg) de produtos lácteos necessários em cada caixa.

No ano passado, cerca de 127,6 milhões de caixas de alimentos foram faturadas ao USDA. O iogurte também é comprado pelo USDA em outros programas de distribuição por meio de serviços de alimentação gratuitamente ou a preços reduzidos.

O ano passado certamente foi um ano de desafios para a indústria de laticínios, mas ela superou o desafio e foi capaz de continuar fornecendo lácteos saudáveis e nutritivos aos consumidores. Esperamos que a tendência de aumento da demanda geral continue.

Artigo de Robin Schmahl, corretor de commodities e proprietário da AgDairy LLC, para o Dairy Herd Management, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

*Fonte da foto do artigo: Freepik