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EUA: Consumo de "leites" de origem vegetal aumenta enquanto o de leite de vaca diminui

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 22/07/2014

5 MIN DE LEITURA

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O gosto dos compradores por alimentos e bebidas mais saudáveis virou a mesa de um pequeno fornecedor de leite de soja e sua antiga controladora, maior processadora de lácteos dos Estados Unidos. Há pouco mais de um ano, a Dean Foods Co., uma gigante do setor de lácteos dos Estados Unidos com quase 90 anos, desmembrou suas unidades de "leite" de origem vegetal e leite orgânico da marca Horizon em uma companhia separada, a The WhiteWave Foods Co. Nos últimos 12 meses, as ações da WhiteWave aumentaram em 62%, enquanto as da Dean caíram em 17%.

Os lucros e vendas da WhiteWave estão aumentando, à medida que os consumidores dos Estados Unidos adotam cada vez mais "leites" de origem vegetal. A Dean teve perdas devido à queda da demanda doméstica e aos maiores custos do leite cru. Hoje, as receitas da WhiteWave estão em apenas um terço das da Dean, mas seu valor de mercado é mais que três vezes sua antiga matriz.

Fazer com que os consumidores americanos voltem a consumir leite de vaca não será fácil. “Será difícil conter a tendência de declínio do consumo de leite [de vaca] nos Estados Unidos”, disse o analista do Arlon Group LLC, gestora de fundos de Nova York que tem ações na WhiteWave, Ryan Oksenhendler. Ele disse que os compradores que abandonaram o leite bovino e adotaram o leite de soja, amêndoa e coco estão alimentando os ganhos da WhiteWave.

Executivos da Dean visam reverter o declínio de seus lucros cortando custos e expandindo vendas de leites com sabor e bebidas com maior teor de proteína, dois produtos nicho que estão tendo melhor desempenho que o leite convencional, puro. A Dean fechou oito de suas aproximadamente 80 plantas no ano passado e planeja fechar mais três nesse ano em um esforço para lidar com o que os executivos chamam das condições mais difíceis da indústria de que se lembram.

A Dean, com sede em Dallas, recebeu aplausos de Wall Street em 2012, quando fez sua oferta pública inicial pela WhiteWave para obter mais valor de investidores para a unidade de rápido crescimento. Gregg Engles, que gerenciou a Dean por 18 anos e fez isso através de aquisições, executou o desdobramento. A Dean também vendeu sua divisão Morningstar Foods, que faz creme, café gelado e queijo cottage, para a canadense Saputo em janeiro de 2013 por US$ 1,45 bilhão, antes de completar o desmembramento da WhiteWave em maio.

A reformulação foi designada a tornar a Dean uma companhia menor, com um foco mais estreito, menores dívidas e um fornecedor dominante na indústria de leite fluido de US$ 20 bilhões dos Estados Unidos. A companhia teve sucesso nesses pontos, cortando a dívida total da Dean para US$ 963 milhões em 31 de março, de US$ 1,8 bilhão no ano passado, e permitindo que a Dean retornasse dinheiro aos acionistas, disse o analista da BMO Capital Markets, Amit Sharma. A Dean hoje controla 36% do setor de leite fluido dos Estados Unidos e espera aumentar mais sua participação sendo um produtor de custo menor, capaz de operar de forma mais eficiente do que competidores menores.

Porém, acabou sendo um mau momento para investir nisso. Os preços do leite cru no ano passado aumentaram, graças à redução nas ofertas e aumento na demanda externa. Isso prejudicou os lucros da Dean, que não pode repassar os custos sem arriscar reduzir as vendas.

Em maio, o preço do leite usado em bebidas alcançou um recorde de US$ 53,95 por 100 quilos, mais que um terço a mais que no ano anterior, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A agência, que determina um preço mínimo para os lácteos, determinou um preço de US$ 50,75 por 100 quilos em julho.

A demanda por leite em pó, queijo e outros produtos lácteos na China e em outros mercados asiáticos aumentou. As exportações de lácteos dos Estados Unidos nos primeiros nove meses desse ano aumentaram em 29% em valor com relação ao ano anterior, de acordo com dados do Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos. Porém, as vendas da Dean está quase inteiramente nos Estados Unidos.

A produção global de leite caiu nos últimos anos depois da queda de 2009 nos preços que forçou alguns produtores menores de leite a sair da atividade e as secas nos Estados Unidos em 2012 e na Nova Zelândia e Austrália no ano passado. A produção na Europa e nos Estados Unidos deverá aumentar nesse ano, reduzindo os custos para a Dean.

Porém, os processadores de leite também enfrentam um desafio de prazo maior: o consumo de leite nos Estados Unidos por pessoa vem caindo por décadas, à medida que os consumidores mudaram para águas com sabor, sucos, refrigerantes e bebidas lácteas alternativas.

No ano passado, os volumes de vendas varejistas nos Estados Unidos de leite desnatado, a maior categoria de leite convencional, caíram em 4%, enquanto as vendas em dólar caíram em 2,4%, disse a IRI, firma de pesquisa de mercado de Chicago. O declínio no volume em 2013 foi pior em cada um dos três anos anteriores.

A WhiteWave e outras fornecedoras de leite de origem vegetal, incluindo a Blue Diamond Growers, continuam afetando a Dean. A receita líquida da WhiteWave aumentou mais de um terço com relação ao ano anterior, para US$ 32 milhões no primeiro trimestre. As vendas de leite de amêndoa estão especialmente fortes.

Os produtos de mais rápido crescimento também tiveram margens maiores. A margem bruta de lucros da Broomfield, de Colorado, alcançou 36% no ano passado, comparado com 21% da Dean.

A Halsey Associates Inc., de New Haven, que possui cerca de 355.000 ações da WhiteWave, apossou-se das ações assim que a WhiteWave foi desmembrada. “Nós não teríamos olhado para essa companhia como parte da Dean Foods, por causa da condição financeira da companhia dominada pelos lácteos commoditizados”, disse o presidente da companhia, James Zoldy.

As companhias de lácteos esperam rejuvenescer as vendas de leite capitalizando sobre a crescente demanda dos consumidores dos Estados Unidos por alimentos ricos em proteínas. O Programa de Educação de Processadores de Leite (MilkPEP), que promove produtos lácteos para a Dean e outras companhias, abandonou a campanha “Got Milk?” como sua principal campanha publicitária no começo desse ano em favor da campanha “Milk Life”, enfatizando que o leite é rico em proteínas. A campanha será apoiada por US$ 50 milhões em publicidade e mídias sociais nesse ano.

A Dean nesse ano pretende expandir em todo o país com sua bebida TruMoo Protein Plus, uma versão do leite com sabor TruMoo com 25 gramas de proteína por cerca de 400 gramas. O TruMoo, lançado em 2011, tem sido um sucesso para a Dean, crescendo para US$ 650 milhões em vendas varejistas anuais e em escolas no ano passado.

O TruMoo representa menos de 8% das vendas anuais de US$ 9 bilhões da Dean, tornando-o crítico para melhorar os resultados da empresa.

A reportagem é do The Wall Street Journal, traduzida pela Equipe MilkPoint Brasil.
 

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MARCELO VASCONCELOS SANTANA

SANTA FÉ DO SUL - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 22/07/2014

Srs.



Bom dia



Será que temos este comportamento no mercado brasileiro ? Temos alguma pesquisa que demonstra nossa realidade ?



Obrigado



Marcelo Santana

Gerente de Laticínios

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