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Estudo do Rabobank estima que consumo per capita de lácteos deve ficar estagnado no Brasil

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 08/12/2015

3 MIN DE LEITURA

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Depois de uma década de crescimento expressivo, a demanda por lácteos está esfriando no Brasil. Um estudo do banco holandês Rabobank estima que o consumo per capita de lácteos deve ficar estagnado em 174 litros (equivalente leite) neste ano no país e cair para 170,7 litros em 2016. A recuperação deve começar a partir de 2017 - uma demanda per capita de 171,16 litros -, com a esperada retomada da atividade econômica.

Segundo o estudo, assinado por Andrés Padilla, analista sênior do Rabobank Brasil, a atual crise econômica no país - com desemprego crescente e inflação em alta - está impactando a renda real do brasileiro, um fator determinante para o crescimento do consumo desse tipo de produto. Com isso, as vendas de lácteos devem se retrair antes de se recuperar, de forma gradual, entre 2017 e 2020.



"Os efeitos da recessão vão continuar em 2016", afirma o analista. Conforme o banco holandês, a expectativa hoje é que economia brasileira tenha contração de 2,9% em 2015 e recue mais 1,4% no próximo ano.

Segundo o estudo, no fim de 2014, o consumo de lácteos no Brasil alcançou o equivalente a 174 litros per capita, um incremento de 32% sobre os 132 litros de 2005. O Rabobank aponta, entretanto, que o aumento da demanda não foi equilibrado durante a década passada. Entre 2005 e 2010, a taxa de crescimento anual foi de 3,7% e entre 2010 e 2015, ficou em 1,9%.

Padilla observa que o crescimento da renda real e da população tem uma correlação de 98% com o avanço do consumo de alguns alimentos, como lácteos. Assim, o menor crescimento da população e da renda a partir de 2010 explicam a desaceleração no consumo. Enquanto a real da renda avançou 3,5% por ano de 2005 a 2010, desacelerou para 2,7% de 2010 a 2014. A população também cresceu menos - o avanço foi de 1,1% ao ano no primeiro período e de 0,9% no segundo período. A previsão do IBGE é que cresça apenas 0,74% por ano no período 2015-2020. O envelhecimento da população também tem impacto no consumo de lácteos.

Segundo o analista, a correlação entre renda real e consumo de alimentos é forte em países de renda média baixa, como o Brasil. Naqueles de renda média maior, a situação é diferente. "As pessoas não vão consumir mais [lácteos] do que já consomem", afirma Padilla.

Ele acrescenta que nos últimos anos o consumo de lácteos no food service (restaurantes e lanchonetes) cresceu muito e que quando há redução da renda real "essa é a primeira coisa que as pessoas diminuem [as idas a restaurantes]".

Outros fatores explicam a desaceleração no crescimento do consumo de lácteos, de acordo com o estudo do Rabobank. A maturação do consumo em algumas categorias, em particular de leite fluido, é uma delas. O consumo de leite fluido hoje no Brasil é de 39 litros per capita, um volume superior à maioria dos outros países latino-americanos e não tão distante de níveis vistos em alguns países desenvolvidos, como a Itália (48 litros) e França (51 litros).

Além disso, como observa o estudo, 80% do consumo do leite fluido no Brasil ocorre no Sudeste e Sul, onde o volume per capita ficou em 53 litros e 63 litros, respectivamente em 2014. "Nesses níveis, há espaço limitado para o crescimento nessas duas regiões. Considerando que outras regiões do Brasil têm mercados dinâmicos e demografia diferente - nos quais o leite fluido é menos importante -, uma desaceleração no Sul e Sudeste não pode ser compensada pelo avanço em outra categoria", diz o estudo.

O Rabobank aponta ainda que outras categorias, como queijo e iogurte, "têm muito mais espaço para crescimento no Brasil e não enfrentam saturação em regiões importantes".

A avaliação é que as únicas categorias que devem registrar retração de 2015 a 2020 são leite pasteurizado e cru, que já vem numa trajetória de declínio de longo prazo. Essa redução, diz o banco, continuará a beneficiar o consumo de leite longa vida.

Nesse período, a perspectiva é de um crescimento marginal no consumo de lácteos como um todo, mas algumas categorias devem desempenhar melhor que outras, segundo o banco (ver gráfico). A demanda por leite longa vida e por queijo deve crescer a uma taxa anual próxima de 2% em volume até 2020. 

As informações são do Valor Econômico.

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JÚLIA D. LIMA DIAS

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/03/2019

Essa notícia foi publicada em 2015. Gostaria de ver esses números recalculados no cenário atual a evolução de 2015 até agora.
LUCAS MENTA

EM 06/03/2018

Referência quase nunca tem importância, amigo. O texto sim.
DUARTE VILELA

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 08/11/2016

Caro Sr. Nédio, não sei a quem se refere sua ponderação, se for em relação ao que coloquei, se não há citação bibliográfica é por que a percepção é pessoal e quando assim, não há o que se referendar.
NEDIO

TAPEJARA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/11/2016

Quando falarem sobre um assunto, seria interessante postar a referência do artigo para comprovar o embasamento do texto. Infelizmente isso não ocorreu. Mesmo assim, parabéns.
DUARTE VILELA

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 09/12/2015

A estimativa de retração no consumo de lácteos em função do momento político e econômico que vivemos é notória, mas é pouco provável que o consumo atual de lácteos seja inferior a 179 litros equivalente leite em 2014, e mesmo com estagnação em 2015 não devemos apresentar índice inferior ao atual.
JORGE LEON PEREZ P

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/12/2015

el disponer de informacion tan oportuna y estrategica facilita la planeacion y establecimiento de rutas de mejoramiento,productividad y mejoras productivasinteresante el mercado de jogurt y quesos

seria bueno saber por que no se incluye dentro de lacteo el mercado de helados y sus complementarios que crece a tasas importantes en otras regiones del mundo

es un excelente investigacion y publicacion

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