O isolamento social impulsionou a demanda por derivados de leite, e a Aviação deve fechar o ano com faturamento 10% maior, de R$ 530 milhões. Mas a empresa, que produz manteiga, doce de leite, queijos e requeijão, precisou ajustar suas fábricas às necessidades de distanciamento entre funcionários e não tem aproveitado todo o potencial de consumo. “Se produzíssemos o dobro, venderíamos o dobro”, diz Roberto Rezende Pimenta Filho, vice-presidente da empresa. A fabricante concluirá no ano que vem investimento de R$ 40 milhões em aquisição de máquinas e adaptação de instalações. “Temos de buscar no mínimo 20% de crescimento em 2021.” De manteiga, que hoje representa 60% da receita, a capacidade de produção sairá de 30 a 40 toneladas por dia para mais de 100 toneladas diárias.
A operação de café é outra aposta da Aviação. Até dezembro deve moer 3 mil sacas por mês, ante 1,5 mil sacas mensais em 2019. Já trabalha com café superior e lançará uma linha gourmet ainda em 2020. “O consumidor, quando está em casa, busca um produto de melhor qualidade”, explica Pimenta Filho. A participação da bebida na receita da Aviação deve subir de 2% para 4%.
O projeto de e-commerce da empresa também foi acelerado após a pandemia de covid-19. Ainda este ano produtos que não precisam de refrigeração, como café, manteiga em lata e doce de leite, serão comercializados online para entrega no Sudeste.
As informações são do Estadão.