Especialistas discutem o futuro do setor na Expomilk

Um encontro de lideranças da pecuária leiteira paulista para debater o tema "O futuro do leite no Brasil" no dia 05/10 foi um dos destaques da Expomilk 2006. Estiveram presentes o jornalista Joelmir Beting, Marcelo Costa Martins, da CNA, Paulo Fernando Machado, da Clínica do Leite (Esalq/USP), Wilson Massote Primo, da Terra Viva, Cláudio Silveira Brisolara, da Faesp, Marcos Sawaya Jank, da Icone, Sebastião Teixeira Gomes, da UFV.

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Um encontro de lideranças da pecuária leiteira paulista para debater o tema "O futuro do leite no Brasil" no dia 05/10 foi um dos destaques da Expomilk 2006. Estiveram presentes o jornalista Joelmir Beting, Marcelo Costa Martins, da CNA, Paulo Fernando Machado, da Clínica do Leite (Esalq/USP), Wilson Massote Primo, da Terra Viva, Cláudio Silveira Brisolara, da Faesp, Marcos Sawaya Jank, do Icone e Sebastião Teixeira Gomes, da UFV.

O jornalista Joelmir Beting abriu o debate afirmando que o Brasil já tem um mercado garantido futuramente: a China. Segundo ele, os chineses visam a produção de lácteos do Brasil e aumentarão as importações à medida que o consumo naquele país aumenta. Além disso, a China possui recursos limitantes à produção, como a água, tendo assim a necessidade de importar. Na opinião de Beting, o Brasil será um dos países que abastecerão o mercado chinês.

Um dos principais temas abordados, e citado por quase todos os especialistas presentes foi a preocupação com a necessidade de se investir em marketing no setor para aumentar o consumo interno.

Marcelo Costa Martins afirmou que enquanto houve um aumento de 4% ao ano na produção dos últimos anos, a população cresceu 2% e o consumo per capita aumentou 1%. Ele prevê que em 2010 haverá um excedente de produção de 2 bilhões de litros de leite. Por isso a necessidade de se investir numa campanha para aumento do consumo interno.

Outra preocupação dele é com os preços do próximo ano. Ele afirmou que o que amenizou a situação do mercado de leite neste ano, em que os preços pagos aos produtores estiveram mais baixos, foram os menores valores das rações. Para 2007, os estoques de milho e farelo de soja estão menores, o que provavelmente pressionará uma alta dos preços da matéria-prima.

Em relação à produção brasileira, Cláudio Silveira Brisolara projetou para 2010, num cenário otimista, uma produção de 30,4 bilhões de litros. Segundo ele, deve haver um crescimento de 4,4% ano ano e um aumento na produtividade de 2% ao ano. Num cenário pessimista, ele projeta para 2010 uma produção anual de 28 bilhões de litros.

Sobre a estrutura do setor, Paulo Fernando Machado aponta uma tendência de redução do número de fornecedores aos laticínios, porém, com um aumento da produtividade e conseqüentemente um aumento da produção. Ele acha que isso ocorrerá principalmente entre os produtores da região Sudeste, cuja produção será utilizada de forma crescente para a produção de produtos de alto valor agregado, compensando os custos mais altos.

Equipe MilkPoint
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Aroldo Augusto Martins
AROLDO AUGUSTO MARTINS

EDEALINA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/10/2006

Os dados estão corretos. Mas fica difícil saber como ficará a produção de leite, já que não existe uma política de agronegócio no país, e, pelo que vejo, nem Lula e nem Alckmim tem nada a dizer sobre isso.

Infelizmente, com isso vamos esbarrando ora nos subsídios das grandes potências, ora nos cartéis de cooperativas e laticínios, ou então na taxa do dólar. Tem que ser mágico para produzir e sobreviver no Brasil. Isto é lastimável.
Andre Zanaga Zeitlin
ANDRE ZANAGA ZEITLIN

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 10/10/2006

Com todo respeito ao Joelmir Beting, a China neste momento, está investindo mesmo em produção própria. Se vier a importar (dependendo do balanço entre produção e consumo que se estabelecer por lá), vai ter muita gente na briga. "Mercado garantido" é ovo que ainda não saiu da galinha - quem quiser contar, vai passar fome...
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