Entressafra poderá elevar preços da carne e do leite

A chegada da entressafra deve pressionar os preços dos alimentos além do normal neste ano, devido a já existente demanda elevada no país e no mundo. No último mês, os reflexos do início da redução da oferta de carne e leite já foram observados nos supermercados de Belo Horizonte (MG). Os reajustes chegaram a 11,37% no litro do leite integral e a 21,08% no quilo do filé mignon, de acordo com levantamento feito pelo site MercadoMineiro. Com a chegada da seca, tudo indica que as altas não vão parar por aí.

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A chegada da entressafra deve pressionar os preços dos alimentos além do normal neste ano, devido a já existente demanda elevada no país e no mundo. No último mês, os reflexos do início da redução da oferta de carne e leite já foram observados nos supermercados de Belo Horizonte (MG). Os reajustes chegaram a 11,37% no litro do leite integral e a 21,08% no quilo do filé mignon, de acordo com levantamento feito pelo site MercadoMineiro. Com a chegada da seca, tudo indica que as altas não vão parar por aí.

"Temos uma oferta limitada para uma demanda que segue crescente por causa da melhoria de renda e das exportações", observou o assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Antônio Lima, ressaltando que a situação é mais grave na pecuária de corte.

Depois da forte crise de preços baixos, que levou à redução dos plantéis em 2005, a demanda aumentou e não houve tempo para recomposição dos rebanhos. Já com relação ao leite, a produção tem crescido entre 4% e 5% ao ano, mas o consumo também está alto, valorizando o produto.

Em maio de 2007, o litro de leite era vendido pelo produtor mineiro por R$ 0,67, segundo a Faemg. No mês passado, chegou a R$ 0,78, registrando alta de 16,4%. Enquanto isso, a arroba de boi era negociada pela média de R$ 58 em junho de 2007 e neste mês a cotação atingiu o maior valor médio do ano, de R$ 77. Um aumento de 32,7%.

A presidente do Movimento das Donas-de-Casa e Consumidores de Minas Gerais, Lúcia Pacífico, está temerosa. "Dá para reduzir a quantidade de carne, substituir, mas trocar o leite é complicado".

Mas para o assessor técnico da Comissão de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Marcelo Martins, não há razões para altas por causa da oferta. Este ano, ela está 27% acima da registrada em 2007. "Apostamos na estabilidade".

As informações são do jornal Estado de Minas.
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Sadi Valentini
SADI VALENTINI

SALTO DO LONTRA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/07/2008

O artigo do amigo Antonio Patrus é a realidade; enquanto os laticinios trabalham unidos, nós produtores ficamos sempre com o prejuizo da produção do leite.
José Aparecido dos Santos
JOSÉ APARECIDO DOS SANTOS

MARINGÁ - PARANÁ

EM 02/07/2008

Não acredito em altas do leite uht; devido à falta de exportação do leite em pó e a captação, está em alta e abundante o leite uht. E a falta de organização dos estados, implica em desordem nos custos.
homeroribiero
HOMERORIBIERO

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/07/2008

Realmente os colegas acima estão certos. Com aumento dos custos, como ficará nossa rentabilidade, pois os laticinios só pensam em aumentar seus lucros e não olham o lado do produtor como nós.

Entao, se não nos unirmos, como poderemos brigar com cartéis das grandes indústrias? Temos sim que ter vozes que levantam a nosso favor e que a imprensa especializada olhe mais para nossos problemas e não coloquem a culpa em que tem como profissão esse sacerdócio que é produzir leite.
Belchior da SIlva
BELCHIOR DA SILVA

RIO GRANDE DO SUL

EM 30/06/2008

Boa noite. Sou totalmente a favor da carta do amigo acima. Teriamos que criar uma central e determinar o preço; eles não tem de onde tirar o produto, não tem como dar andamento na produçao sem o nosso leite. Estaria na hora do produtor, que tem o compromisso de tirar leite todo dia, sem domingo nem feriado, com os altos custos de produçao, mandar no preço. Aí ficaria melhor.
antonio patrus de sousa filho
ANTONIO PATRUS DE SOUSA FILHO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/06/2008

As informações do EM com opinião de Lucia Pacifico, temerosa, mostram a realidade do mercado leiteiro num futuro proximo, que os laticinios insistem numa guerra de informações, contra atacam dizendo em queda nos preços, para aumentarem sua lucratividade. Com a seca, já sendo uma realidade; haverá rapidamente (julho, agosto) uma redução na oferta e o consumo nas classes B e C continuam em expansão, resultado de mais empregos, melhores salarios e melhor distribuição de renda.

O grande problema continua sendo o aumento nos custos de producao de leite. Sem falar no mercado internacional e nas exportações que seguem tendo de cumprir contratos já estabelecidos. Todos os artigos patrocinados pelos laticinios, na contra mão insistem em baixa. E o produtor de leite sem união continua vendo o preço de seu produto ser determinado pelos laticinios, muito bem organizados e acima de tudo manipulando os meios de comunicação.

Abraços a todos produtores de leite e que entendam o mecanismo acima citado e imposto em cima de nós. Se todo produtor rural falar com seu laticinio que seu leite só sai da fazenda por 90 centavos, eles terão de pagar. Talvez fosse a hora de fazer uma CENTRAL NACIONAL DOS PRODUTORES DE LEITE - CNPL, para determinar o preço do nosso produto e não deles, conforme parece.
Gilson Santana Filho
GILSON SANTANA FILHO

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/06/2008

Produzir leite na entresafra, com insumos sendo reajustados em até 100%, caso do sal mineral, adubos, e as vacas neste periodo precisam ser alimentadas com silagem, cana, ou outro volumoso, pois as pastagens estão secas, a soja e o milho em elevação. É impossivel a estabilização de preços neste momento, pois ninguem vai querer pagar para trabalhar, a rentabilidade para o produtor já está péssima; se isto ocorrer, o abandono da atividade será grande e a situação se complicaria ainda mais.
Marcos Salazar de Paula
MARCOS SALAZAR DE PAULA

LIMA DUARTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/06/2008

Será um erro estabilizar os preços do produtor por fatores de curto prazo. Com os preços dos insumos disparando, novos prejuízos não levarão os produtores a se prepararem para atender, em volume e qualidade, as crescentes demandas de médio prazo, tanto internas quanto externas. Podem sim, é fazer com que destinem parte de suas terras e recursos para outras atividades.
Roberto Carlos de Castro
ROBERTO CARLOS DE CASTRO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/06/2008

Parece que o leite vai ficar mesmo estável, mas o que me preocupa é que os insumos não ficarão estáveis. Já diminui a ração para melhorar a liquidez. Acho que todos os pecuaristas do setor deverm fazer a mesma coisa, senão vão ficar no prejuízo.
Um abraço.
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