Entidades denunciam falta de fiscalização do Mapa
A Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) denunciam que o Mapa não tem capacidade de fiscalizar e coibir as supostas fraudes que vêm ocorrendo no mercado de leite longa vida. A suspeita é que mesmo com o selo de inspeção, algumas marcas podem estar chegando com menos nutrientes do que o recomendado.
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De acordo com o presidente da Comissão de Leite da Faemg, Eduardo Dessimoni, também presidente da Cooperativa Agropecuária Limitada de Uberlândia (Calu), já foram identificados casos de adição de mais de 20% de soro de leite ou água com açúcar ao leite industrializado.
Segundo ele, o problema tem sido levado ao Mapa, mas devido a supostas deficiências de fiscalização nada é feito. "O Estado tem sido incompetente para combater a fraude", acusou.
Enquanto nada é feito, a fraude está prejudicando empresas do setor em Minas Gerais, como a Itambé, que não consegue oferecer os mesmos preços que os produtos adulterados e precisou reduzir a produção. Segundo o vice-presidente comercial da empresa, Jacques Gontijo, a empresa também reduziu a participação do longa vida no mix de produtos de cerca de 30%, há dois anos, para menos de 2%. Para ele, os resultados das análises do leite feitas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deveriam ser públicos. "Se o produto está nas ruas com o carimbo do poder público, as pessoas acham que ele é válido", criticou.
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais (Silemg), Celso Costa Moreira, reconheceu que os testes conduzidos pelo Mapa, até o momento, produziram resultados inconcludentes. Segundo ele, os exames têm grande índice de falsos positivos e falsos negativos quanto à adição de soro e que apenas o teste de eletroforese capilar, que não é realizado, tiraria todas as dúvidas.
Conforme Moreira, há quase um ano o Mapa importou um equipamento capaz de fazer a eletroforese capilar e o levou para o Laboratório Nacional Agropecuário de Minas Gerais (Lanagro-MG), em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, mas ainda não se sabe se a máquina foi usada. As informações são de Rafael Sânzio, do jornal Hoje em Dia.
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VIÇOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 14/05/2007
Não é somente o equipamento funcionando e que vai surtir efeito, é preciso muito mais. Outro problema é que os fiscais que atuam nas empresas fazem vista grossa pra adição de água e soro em leite, porque se houvesse fiscalizaçao eficiente isso nao ocorreria.
Hoje em dia parece que vender leite sem fraude está virando diferencial para empresas de tão comum e corriqueiro virou fraudar leite no Brasil. Não é só fraude em leite, é também em queijo, requeijão e outros produtos.
Isto está acontecendo por falta de fiscalização eficiente e punições severas e exemplares para empresas que cometem este delito. Este exemplo do artigo acima ilustra bem a imcopetência deste serviço público brasileiro. Investe-se em um equipamento tão caro e não se tem profissionais competentes para operá-lo. Equanto isso as empresas idôneas sofrem com a incopetência do SIF, que não tem capacidade de fiscalizar e punir as empresas que se beneficiam destas fraudes.

CAMPINA VERDE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 08/05/2007