Enquete: 68% estão com medo de tomar leite

Uma enquete realizada pelo portal Terra apurou o receio das pessoas em consumir leite após a adulteração ocorrida em duas cooperativas de Minas Gerais - Coopervale e Casmil. Foi perguntado: "Você tem medo de tomar leite, após fraude com produtos químicos?". No total, houve 68.972 votos, e o resultado foi que 68,31% das pessoas que votaram estão com medo de consumir leite, ou seja, 47.113 votos.

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Uma enquete realizada pelo portal Terra apurou o receio das pessoas em consumir leite após a adulteração ocorrida em duas cooperativas de Minas Gerais - Coopervale e Casmil.

Foi perguntado: "Você tem medo de tomar leite, após fraude com produtos químicos?". No total, houve 68.972 votos, e o resultado foi que 68,31% das pessoas que votaram estão com medo de consumir leite, ou seja, 47.113 votos. Os que não estão com receio de consumir leite somaram 21.859 votos, ou 31,69% das pessoas que reponderam à enquete.

Figura 1

Fonte: Portal Terra

Geralmente, enquetes online mostram apenas a opinião dos leitores sobre o assunto, mas não quantificam as opiniões com rigor estatístico. A enquete realizada pelo portal Terra serve como indicação do impacto instantâneo na percepção das pessoas.

Equipe MilkPoint.
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Renata de Freitas Ferreira
RENATA DE FREITAS FERREIRA

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/10/2007

Acho que boa parte deste resultado se deve à imprensa, que divulga os fatos distorcendo totalmente da realidade. Acho que os culpados deveriam ser punidos sim, mas nessa história, quem acabou prejudicado foi mais uma vez o produtor.

Esta intervenção está cheia de furos, o Ministério diz uma coisa, a Anvisa outras, os promotores outras e por ai vai. CPI do leite para quê? Para eles ficarem debatendo e nada resolver? Se não tivessem feito tanto alarde, quem sabe a situação estaria diferente.

Nutricionistas falaram que as pessoas não vão morrer, nem nada acontecerá se o leite com "soda cáustica" for tomado a curto, médio e longo prazo, o que não justifica as irregularidades, mas em um país como o Brasil, com pouco consumo de lácteos em geral, divulgar do jeito que foi rcertamente resultaria nessa estatística lamentável.
JULLIANO EUSTÁQUIO RAPOSO
JULLIANO EUSTÁQUIO RAPOSO

IBIÁ - MINAS GERAIS

EM 24/10/2007

Eu creio que quem irá sofrer será o pequeno produtor, que não tem nada a ver com as cooperativas, pois ele só vende o leite cru. E na parte de industrialização é da própria cooperativa.

Mas o pior tá por vir pois quem vai ganhar é o grande concorrente do leite longa vida, o tão tradicional leite em pó, que vinha caindo no ranking para o longa vida, que estava na liderança.

Eu creio que todas as indústrias que fabricam o leite em pó vão estar batendo palmas, pois agora vão comprar leite de qualidade a pequeno custo.
valdeli reis
VALDELI REIS

UMUARAMA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/10/2007

Acho que isto não deveria acontecer, principalmente por se tratar de cooperativas, que deveria zelar pela qualidade dos seus produtos. Além de defender os interesses dos produtores, fazendo markting positivo do produto leite, não denegrindo a imagem do leite com aduteração. Acredito que estas empresas deveriam ser impresas de produtos de limpezas como fábrica de sabão, e não empresas de alimentos
Marcos Goulart
MARCOS GOULART

SÃO PAULO - SÃO PAULO - TRADER

EM 24/10/2007

Estas enquetes, apesar do pouco rigor estatístico, refletem a opinião de uma boa fatia dos formadores de opinião de nosso país.

Este resultado tem de ser levado em consideração "sim", pela indústria e o setor como um todo, pois há um grande desgaste na imagem do leite enquanto alimento.

Apenas como exemplo, os queijos sofrem desgaste, já há muito tempo, somente baseado no fato das prescrições médicas de se comer apenas queijos brancos.

O custo de recuperação de imagem para todo o setor é tão alto e o tempo também o é, que uma ação conjunta se faz necessária ao meu ver.

O questionamento ou medo de consumo é o tipo de produto que nenhum de nós quer que ocorra no setor. Precisamos agir de maneira rápida, incisivamente e prática para que o consumidor se sinta protegido.

Quem sabe um selo de qualidade, com análises periódicas e verdadeiras, possa ser criado pela ABLV? Ou mesmo por outra entidade do setor? Ou ainda, por várias entidades juntas.

Momentos de crise assim, são excelentes oportunidades de profissionalizarmos e regularizarmos o setor, retirando do mercado aquelas concorrências desleais que acabam ferindo o bolso de todos nós envolvidos no ramo em alguma parte do ano.
Qual a sua dúvida hoje?