Embrapa: melhora relação de troca do produtor de leite

Segundo levantamento da Embrapa Gado de Leite, os preços do leite e da carne estão em alta, mas a relação de troca para os pecuaristas leiteiros está melhor do que os de gado de corte porque a valorização maior aconteceu para os primeiros. O estudo mostra que o preço médio do leite, nos últimos 12 meses, valorizou 26%, enquanto os custos subiram 6% no mesmo período.

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Segundo levantamento da Embrapa Gado de Leite, os preços do leite e da carne estão em alta, mas a relação de troca para os pecuaristas leiteiros está melhor do que os de gado de corte porque a valorização maior aconteceu para os primeiros. O estudo mostra que o preço médio do leite, nos últimos 12 meses, valorizou 26%, enquanto os custos subiram 6% no mesmo período.

O Índice de Relação de Troca em junho, calculado pela Embrapa, foi o maior desde setembro do ano passado. O economista da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho, disse que isso se deve ao fato de os preços do leite terem registrado altas significativas a partir de abril. Segundo o estudo, o índice está 18,5% superior ao de junho de 2006. "Sem dúvida, o poder de compra melhorou", comentou.

O índice é calculado a partir dos preços recebidos pelo produtor e os preços pagos. Neste quesito entram equipamentos, vacas em lactação, mão-de-obra, ração, sanidade animal e combustível.

Além do aumento das cotações do leite, o economista lembrou que nos últimos meses, com a entrada da safra de grãos, os custos de produção caíram, pois houve desvalorização nos preços das rações. "O cenário para o leite é muito bom. Mas a resposta na produção não é rápida", explicou.

Segundo ele, a conjuntura para os próximos meses é favorável ao produto, uma vez que haverá maior oferta de ração.

As informações são de reportagem de Neila Baldi, da Gazeta Mercantil.
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joaquim andrade borges
JOAQUIM ANDRADE BORGES

ITAMBÉ DO MATO DENTRO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/07/2007

Todo produto tem altas e baixas, e o leite não é diferente. Os produtores são o elo mais fraco da cadeia produtiva e precisam se organizar e aproveitar este bom momento para se profissionalizar, buscando sempre trabalhar com planejamento e associativismo para quando vierem as quedas, não sentir tanto. Não adianta reclamar, se queremos mudanças precisamos agir!
Sebastião poubel
SEBASTIÃO POUBEL

NATIVIDADE - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 07/07/2007

Como profissional da área, estou envolvido diretamente com a produção de leite. Ouvi durante anos que o que está ruim está próximo de melhorar, que leite é produto para alimentar pessoas pobres, que é um comer para não morrer e muitas outras gozações.

E agora pergunto: será que, enfim, vamos nos profissionalizar? Vamos aceitar as normativas? Vamos cuidar da sanidade como se deve? Vamos nos associar? Vamos cuidar da genética? Vamos aproveitar o grande momento para nos capacitar? Ou vamos continuar a ver os nossos amigos neloristas passearem nos seus carrões e vender suas preciosas vacas por milhões?

O momento é de reflexão e pé no chão. O passado é foi um amontoado de erros e o futuro será dos apaixonados por vacas, porém capacitados.
alceu oliveira diniz
ALCEU OLIVEIRA DINIZ

ARACAJU - SERGIPE - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 05/07/2007

Os produtores aqui de Sergipe não sentiram estes reajustes que falam, de 26%. Mas pelo menos os preços vêm se mantendo no patamar de R$ 0,50/litro.
Joabe Jobson de Oliveira Pimentel
JOABE JOBSON DE OLIVEIRA PIMENTEL

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 05/07/2007

Se a euforia continuar mais um pouco, o produtor irá responder com uma inundação de leite e o preço voltará a cair. Infelizmente é sempres assim.
Não dá para relaxar e deixar as coisas acontecerem. É preciso continuar o processo de mobilização dos produtores de leite no sentido de cobrança de mais políticas de ajuda ao setor.

A valorização recente e, infelizmente temporária do leite deve ser usada como mola propulsora da arrecadação de divisas para uma campanha nacional de fomento ao consumo de lácteos. Virá um excesso de leite em breve novamente, precisaremos estar preparados para escoá-lo.

Ações devem ser implementadas no sentido de firmar nossa posição como exportadores no mercado internacional, pegando carona nos elevadissimos preços atuais do leite em pó.

Atentemos para a história e recorramos à nossa memória que muitas vezes é tão curta que só analisamos os últimos meses, enquanto devemos analisar os últimos anos e até décadas.

Sugiro cautela.
Glauco Rodrigues Carvalho
GLAUCO RODRIGUES CARVALHO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 05/07/2007

Caro Rodrigo, realmente trabalhamos com a média e por isso as diferenças locais/regionais. Sugiro a leitura da reportagem original - Poder de compra de produtor de leite supera o de carne. Gazeta Mercantil, 04 de julho de 2007 - que mostra mais alguns detalhes.

Na realidade, o artigo que fizemos na Embrapa foi de Índice de Relação de Troca (IRT) e não de poder de compra. Também foi analisado apenas o período de um ano. De junho/2006 a setembro/2006, melhorou para o produtor. De setembro/2006 a abril/2007, piorou para o produtor (em grande medida devido a decisão do Governo americano de incentivar a produção de etanol de milho). Em abril/2007 houve novamente recuperação em favor do produtor de leite, devido a melhoria dos preços.

Um abraço
Glauco Carvalho
Rodrigo Gregório da Silva
RODRIGO GREGÓRIO DA SILVA

LIMOEIRO DO NORTE - CEARÁ - PESQUISA/ENSINO

EM 04/07/2007

A condição acima descrita deve ser a que vem prevalecendo em grande parte do País. Só salientamos que existem locais e classes de produtores (produtores de pequenas áreas) que não estão incluídos nessa condição.

Os produtores de leite do Ceará não tiveram essa valorização do preço e a magnitude das elevações dos custos foram superiores às demostradas nesse artigo. De forma que o que se viu de janeiro de 2006 a abril de 2007 foi a diminuição dos preços na época das chuvas em relação ao ano anterior, com pequena elevação dos preços pagos no último mês de junho (máximo de R$ 0,57 por L), tendo o leite oscilado sempre próximo dos R$ 0,50 (região do Baixo Jaguaribe, produtores de pequenas áreas e preço pago pela indústria).

Quando se avaliar o que os custos operacionais (CO) têm representado do preço recebido, vê-se que os CO vêm se aproximando do preço líquido recebido. Nesse sentido, esse quadro nacional poderá vir a também representar o cenário local, mas somente a partir desse momento.
Qual a sua dúvida hoje?