Dívida Rural: Câmara aprova juro menor
Agricultores e pecuaristas conseguiram ampliar os benefícios para a renegociação de R$ 80 bilhões em dívidas mantidas com o governo. Em votação no plenário da Câmara, ontem (6), a bancada de deputados que representa o setor rural derrotou os governistas e substituiu a taxa Selic (13% ao ano) pela TJLP (6,25% ao ano) na correção de R$ 7 bilhões em débitos não pagos inscritos em dívida ativa (em fase de cobrança judicial).
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Em votação no plenário da Câmara, ontem (6), a bancada de deputados que representa o setor rural derrotou os governistas e substituiu a taxa Selic (13% ao ano) pela TJLP (6,25% ao ano) na correção de R$ 7 bilhões em débitos não pagos inscritos em dívida ativa (em fase de cobrança judicial).
Além da redução nos juros, os devedores terão direito a descontos de até 70% na liquidação à vista e de até 65% nos valores a serem parcelados.
Anteontem (5), os produtores haviam conseguido ampliar de cinco para dez anos o prazo para alongamento desses débitos, além da retirada da multa de 20% por atraso.
O Ministério da Fazenda vai tentar reverter a troca da Selic pela TJLP no Senado, onde o texto será votado. Caso não consiga, irá orientar o Palácio do Planalto a vetar a troca. "A substituição da Selic pela TJLP é um incentivo à inadimplência porque premia o mau pagador. Vamos até a última tentativa no Senado para recuperar a redação da medida provisória", disse Gilson Bittencourt, diretor da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda.
O ministro Reinhold Stephanes (Agricultura) espera por adesão de 80% dos devedores. Caso isso se confirme, o custo da renegociação para o governo ficará entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões. "Chamar isso de prejuízo depende do ponto de vista, porque parte da dívida total, a exemplo dos R$ 7 bilhões da dívida ativa, dificilmente seria recuperada. O governo agora vai recuperar uma parte desse dinheiro, que não iria retornar aos cofres públicos", afirmou o ministro da Agricultura.
As informações são do jornal Folha de São Paulo.
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JUSSARA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 12/08/2008
Essa conta já fizemos várias vezes ao BB e nunca aceitaram, teve funcionário que até riu de nós, diziam que era inconsistente. Até que meu pai contratou uma consultoria especializada em dívidas agrícolas e os valores bateram. Realmente devemos algo em torno de 30% do que eles cobram.
O que não está sendo colocado é que, quando contraímos essa dívida tínhamos condições de pagamento, eles mudaram as regras, nos quebraram e agora sem condições de gerar renda temos que pagar.
Como fica o que já perdemos? Desde 1994 não conseguimos mais financiamento junto ao BB, nem para nosso pivot central! Estamos descaptalizados, vendemos quase todo nosso imobilizado para pagamentos junto a terceiros. E aí o governo vem de bonzinho e diz que está dando desconto na dívida agrícola, francamente.

MOSSORÓ - RIO GRANDE DO NORTE - PRODUÇÃO DE OVINOS
EM 08/08/2008

CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
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