Dívida da Sancor complica acordo com Adecoagro

A empresa Adecoagro solicita que 50% da dívida da Sancor seja quitada no fundo financeiro, como condição para fechar a negociação anunciada em 10 de novembro, segundo o site inglês debtwire.com, especializado em dívida corporativa.

De acordo com a carta de intenção entre a indústria láctea e a empresa agropecuária, que tem o investidor George Soros como principal acionista, a Sancor deveria apresentar num prazo de 30 dias uma nova proposta para refinanciar a dívida de 170 milhões de dólares com um grupo de bancos.

As duas empresas se encarregaram de esclarecer que a nova reestruturação de proposta da cooperativa "constitui uma condição importante para a concretização" do futuro da sociedade.

A proposta apresentada pela Adecoagro, para estabelecer junto com a cooperativa uma nova sociedade com a denominação Sancor SA, prevê o desembolso por parte da companhia de 70 milhões de dólares para o cancelamento parcial do passivo da empresa láctea.

O Grupo Petersen, dirigido pelo banqueiro Enrique Eskenazi, esclareceu anteontem (22) que havia apresentado "em tempo uma proposta de associação" com a empresa láctea.

Em um breve comunicado, o Grupo Petersen respondeu ao gerente de comunicações da Sancor, Sergio Montiel, o qual disse "desconhecer" a oferta apresentada pelo Grupo Petersen para a associação com Sancor. "Nossa oferta foi muito parecida com a do grupo Soros, não sei por que não se prosperou, sempre nos mostramos muito otimistas e depois ficamos fora desta operação", assegurou Eskenazi.

Segundo ele, o titular da Federação Agrária Argentina (FAA), Eduardo Buzzi, expressou seu descontentamento pela "estrangeirização do setor leiteiro argentino" e seu mal estar porque a opção de Petersen não havia sido considerada.

As informações são do Diario La Voz del Interior, publicado no site Lechería Latina.