Dieese: capital mineira tem o leite mais caro

Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço médio do litro do leite de caixinha na capital mineira foi de R$ 2,06, enquanto em Aracaju era de R$ 1,21, o mais baixo apurado no levantamento em 16 capitais.

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Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço médio do litro do leite de caixinha na capital mineira foi de R$ 2,06, enquanto em Aracaju era de R$ 1,21, o mais baixo apurado no levantamento em 16 capitais.

Os preços do leite-longa vida variavam de R$ 2,39 a R$ 2,98 na última semana em BH, com base em pesquisa do site Mercado Mineiro em 11 supermercados da capital.

A disparidade de preços não é consenso entre o segmento. Os varejistas alegam que a oferta bem inferior à procura pelo leite provoca um descompasso que faz aumentar os preços.

Com o crescimento das exportações de leite mineiras e do consumo no Brasil, a indústria não consegue atender a demanda do varejo. A entressafra agrava a situação. Por isso, os supermercados estão pagando entre 40% e 50% mais aos fornecedores desde janeiro, segundo o superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Adilson Rodrigues. "Fica difícil, neste momento, até mesmo para o supermercado fazer promoções, porque não tem a garantia da entrega na quantidade esperada. Não há estoque de sobra no fornecedor para essa negociação", afirmou.

Entretanto, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Leite Brasil), Jorge Rubez, rebateu a justificativa. "Os grandes supermercados é que determinam os preços. Se o leite em Minas está mais caro, é oportunismo de quem quer ganhar mais no varejo. O produtor não está sendo beneficiado nisso e o laticínio sofre pressões para baratear o leite e não o contrário", alfinetou.

"Os preços do leite sobem em todo o país por causa de uma situação momentânea do mercado consumidor", afirmou o assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Antonio Lima. A entidade projeta crescimento de 3% na procura por leite este ano, ante uma oferta 2% maior.

Mas ele acredita que o aumento das exportações de Minas é pouco para explicar preços tão diferentes para o consumidor. "O mercado internacional pode, sim, vir a ser promissor. Em volume, as exportações brasileiras chegaram até a cair 19% de janeiro a julho (alcançaram 42,94 mil toneladas)", disse.

As informações são de Marta Vieira, do Estado de Minas.
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