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Diante de seca, Nestlé transforma resíduo de leite em água

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 14/05/2015

3 MIN DE LEITURA

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Diante de protestos na Califórnia por engarrafar água em tempos de seca, a Nestlé S.A. gastará milhões para reciclar a água residual do processamento de leite em um líquido que a empresa pode utilizar para limpar suas fábricas – e polir sua imagem corporativa.

A fim de poder reutilizar os resíduos da fabricação do leite condensado em vez de jogá-los pelo esgoto, a maior companhia engarrafadora de água dos Estado Unidos instalará novos sistemas de filtração em uma fábrica em Modesto, 144 quilômetros a leste de São Francisco, transformando a planta em uma instalação "zero-água", o que significa que ela não vai usar todos os recursos de água doce locais para as suas operações.

O líquido tratado será usado em lugar da água potável para limpar e esfriar, de acordo com José Lopez, diretor de operações da Nestlé. 
“Não vamos divulgar isto para melhorar a nossa imagem ecológica”, disse Lopez em
entrevista no seu escritório em Vevey, Suíça. “Economicamente, não faz sentido fazer isto, é claro. A seca deste ano está nos ensinando que temos que pensar em formas de nos adaptar. Aquilo que hoje não parece totalmente aconselhável em uma perspectiva econômica se tornará necessário”.

A medida fortalece a Nestlé contra as críticas no momento em que a Califórnia suporta o quarto ano consecutivo de seca. Em março, um grupo de até 24 manifestantes com foices de plástico bloqueou a entrada das instalações de engarrafamento de água da Nestlé em Sacramento durante meio dia e a empresa deixou de mandar caminhões para dentro e para fora do local. Mais de 82.000 pessoas assinaram uma petição exigindo à Nestlé que deixe de engarrafar água de uma nascente do sul da Califórnia.

A reforma de US$ 7 milhões na fábrica do leite Carnation reduzirá a utilização de água em 71 por cento quando a primeira fase for concluída no ano que vem, disse Lopez - o projeto deverá ser concluído no final de 2016.

Protestos
 
A fábrica economizará cerca de 238,48 milhões de litros por ano, equivalente a 9% da água utilizada pela Nestlé no estado para produzir as marcas de água engarrafada Arrowhead e Pure Life.

"Há tempos a Nestlé se comprometeu a melhorar a eficiência da água de suas operações em todo o mundo. Temos um compromisso global para reduzir nosso uso global de água por tonelada de produto em 40% até o final deste ano em relação a 2005 em todos do nosso portfólio".

As operações de água engarrafada da Nestlé têm sido almejadas especialmente pelos
manifestantes. “É a pior seca que nós vimos em muito tempo, e é irresponsável da parte do estado permitir que a Nestlé engarrafe água que deveria ser um recurso público”, disse Adaw Scow, diretor da Food Water Watch, uma ONG, na Califórnia. “Pediremos uma suspensão do engarrafamento de água com fins de lucro privado”.

A Starbucks Corp. disse em 7 de maio que deixaria de utilizar água da Califórnia para sua marca Ethos e transferiria a produção para a Pensilvânia, mas a Nestlé rejeita a possibilidade de que deveria deixar de engarrafar água na Califórnia por causa da seca. A companhia suíça utiliza 4 milhões de metros cúbicos de água por ano no estado, menos de 0,008 por cento da utilização total na Califórnia.

Agricultura

Lopez disse que a agricultura tem maior possibilidade de economizar água do que a Nestlé.

Um quilo de carne exige milhares de litros de água, e uma melhoria nas práticas de irrigação significa maior potencial de economia, segundo o executivo.

A Nestlé também começará um projeto para reduzir a utilização de água nas fábricas de sorvete em Bakersfield e Tulare em 12 por cento empregando bactérias para digerir a água residual a fim de torná-la adequada para seu uso na refrigeração. A empresa também planeja criar projetos de tratamento de águas residuais na África do Sul e no Paquistão.

Enquanto isso, a Nestlé está instando os governos a melhorar os aquedutos e reduzir os incentivos a desperdiçar água. É provável que os grandes usuários de água bombeiem mais se esperarem a implementação de reduções obrigatórias, o qual é um contrassenso, disse Lopez.

“Na Califórnia, não há infraestrutura”, disse Lopez. “Você não vai olhar para mim e me
responsabilizar por que não exista infraestrutura para lidar com a situação hoje, não é? É fácil demonizar algo assim”.

As informações são do InfoMoney e do Dairy Reporter, adaptadas e traduzidas pela Equipe MilkPoint.

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