Esse aumento é um movimento natural à medida que os preços por litro ao produtor se reduzem, em uma tentativa de recuperar, via escala, a perda de renda decorrente dessa variação negativa nos preços em valor real. De fato, de 1996 a 2005, os preços no Brasil caíram à taxa de 1,89% ao ano, considerando valores corrigidos pela inflação.
Outro motivo que explica o aumento do módulo de produção são os melhores preços recebidos por produtores com maior volume de leite. A tabela abaixo mostra que o estrato dos produtores com mais de 1.000 litros diários recebeu preço 22% maior do que o estrato de até 50 litros diários. A tabela mostra também que o COE - Custo Operacional Efetivo (as despesas de custeio efetivamente desembolsadas) é maior para os produtores de maior porte, enquanto o - COT - Custo Operacional Total (incluindo depreciações e mão-de-obra familiar) tende a se reduzir à medida que o volume de leite aumenta, mesmo comportamento verificado pelo CT - Custo Total, que inclui remuneração sobre o capital investido.

A produtividade por vaca também cresceu significativamente nos últimos 10 anos. Em 1995, a produção/vaca em lactação/dia era de 4,9 litros, passando a 8,10 litros/dia, um incremento de 65%. A produção total, incluindo as vacas secas, passou de 3,05 litros/dia para 5,38 litros, aumento de 76%. Embora os valores sejam ainda bastante baixos, os dados mostram que houve aumento de produtividade por animal. Claramente, os produtores de maior porte apresentam maior produtividade animal, assim como já havia ocorrido com a produtividade por área.

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