"Com esses dados, entende-se o porquê do ditado: o produtor de leite vive como pobre e morre como rico", afirma Gomes, lembrando que a baixa rentabilidade da atividade muitas vezes não permite um padrão de vida condizente com o grande capital empatado na atividade.

O pequeno porcentual de 5,43% investido em máquinas reflete o baixo nível tecnológico médio. O estudo mostra que a participação do capital em máquinas se eleva com o crescimento dos estratos de produção; entre os produtores que produzem até 50 litros/dia, apenas 1,96% do capital está investido em máquinas.
A alta participação das terras na composição do capital investido sugere também uma baixa produtividade por área. De fato, a tabela abaixo mostra que, em média, a produção de leite atingiu quase 1.200 litros/hectare/ano, embora com valores crescentes à medida que o módulo de produção se eleva. Dos 56,57 hectares utilizados para a atividade, 48,40 são utilizados com pastagens.
Produtividade por área

A rentabilidade do capital investido é, em geral, baixa, se comparada com outras alternativas econômicas. A tabela abaixo mostra que, incluindo o fator terra, apenas no estrato de mais de 1.000 litros diários a rentabilidade beira os 6% mínimos, aceitos como padrão de comparação.
Rentabilidade da atividade

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