Deputados querem CPI do leite para investigar fraude

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais irá propôr a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias sobre adulteração de leite pelas cooperativas Casmil e Copervale.

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A Assembléia Legislativa de Minas Gerais irá propôr a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias sobre adulteração de leite pelas cooperativas Casmil e Copervale.

O anúncio foi feito no encontro realizado ontem à tarde entre deputados estaduais das comissões de Saúde, Defesa do Consumidor, Agricultura e Assuntos Municipais e representantes da Polícia Federal e o promotor de Defesa do Consumidor e Saúde, João Vicente Davina.

O delegado da Polícia Federal, Ricardo Ruiz, declarou que os testes começaram a partir de denúncias anônimas, feitas há algum tempo. "A partir de unidades adquiridas pela PF em supermercados, o Laboratório Nacional Agropecuário apurou substâncias alcalinas em excesso e baixo teor nutritivo em três marcas do leite integral longa vida, entre elas, Centenário, Calu e Parmalat", informou.

Embora tenham se defendido anunciando não mais comprar leite da Copervale, o promotor Davina avisou que tanto a Calu quanto a Parmalat têm responsabilidade conforme a investigação, visto que as unidades adulteradas são de agora e colhidas em supermercado, não a partir da cooperativa, como ambas usaram em sua defesa. De posse das informações, os deputados as cruzaram com o apurado na cidade de Passos, onde foi comprovada a existência de substâncias tóxicas no leite enviado in natura a Nestlé e, novamente, a Parmalat.

As informações são de Rodrigo Matos para o Jornal da Manhã/MG.
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Roberto Cunha Freire
ROBERTO CUNHA FREIRE

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 28/10/2007

Temos que apurar também não só quanto à qualidade do leite, mas o que foi acrescentado em água, produtos químicos e soro do leite, isso significa que por exemplo, se os colegas produtores rurais de leite- cooperados e/ou fornecedores, forneceram para os seus compradores 500.000 litros de leite e essas cooperativas e laticínios venderam para o varejo 1.000.000 de liros de leite, essa diferença foi contabilizada pelas cooperativas e pelos laticínios que fraudaram ou se transformaram em caixa dois desviados para os bolsos desses gestores inescrupulosos.

Defendo que o Presidente da República, Ministros da Agricultura, Saúde e Governadores dos Estados em que tiveram alguma cooperativa e/ou laticínios envolvidos, a montarem uma força tarefa de elite, conjunta, composta pela Polícia Federal, Ministério Públicos, Fiscais da Receita Federal,Estadual e auditores da CGU - Controladoria Geral da União e do TCU Tribunal de Contas da União.

Nós, produtores rurais de leite, estamos à mercê dessas gestões fraudulentas e que expõem toda a cadeia; o nosso problema está fora das porteiras das nossas propriedades. Temos que mudar a lei do cooperativismo no Brasil, que exiga o estabelecido pelo art. 37 da constituição federal de 88.
Qual a sua dúvida hoje?