Danone investirá em aquisições em países emergentes

A Danone pretende gastar entre 500 milhões e 1 bilhão de euros por ano nos próximos três a cinco anos em aquisições, direcionados a transações de pequeno e médio porte, com o objetivo de ampliar a presença da Danone de 40 para cerca de 80 países.

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A Danone pretende gastar entre 500 milhões e 1 bilhão de euros por ano nos próximos três a cinco anos em aquisições, disse o diretor financeiro do grupe, Antonie Giscard d'Estaing ao The Wall Street Journal.

O gasto adicional - em 2005, a despesa com aquisições foi de 200 milhões de euros - será direcionado a transações de pequeno e médio porte com o objetivo de ampliar a presença da Danone de 40 para cerca de 80 países. Entre os novos mercados estão Chile, Tunísia, Tailândia, China (de onde vem 9% da receita anual da empresa) e países de todo o Leste Europeu.

A nova estratégia é voltada ao fortalecimento de suas operações em mercados emergentes de crescimento mais acelerado. Outros países em vista são a Colômbia, Argélia e Filipinas. Na China, por exemplo, segundo o diretor financeiro da Danone, a venda de laticínios poderia ser de 200 milhões de euros a 400 milhões de euros por ano daqui a três ou cinco anos.

A companhia também deseja comprar empresas que ampliem sua linha de produtos, principalmente na área de saúde e nutrição. Ela já ten produtos como o iogurte de baixo colesterol Danacol e o probiótico Activia, que só em 2005 gerou 845 milhões de euros (alta de 36%).

Outra visão estratégica é que, com as aquisições e o crescimento, a Danone pode ficar mais difícil de ser adquirida por possíveis interessados.

No primeiro semestre de 2006, seu lucro líquido foi de 704 milhões de euros, ante 346 milhões de euros no mesmo período do ano anterior. Mesmo sendo líder mundial em laticínios e água engarrafada, a Danone é considerada relativamente pequena. Com um valor de mercado de 28 bilhões de euros, a empresa francesa fica longe de rivais como a Nestlé SA, que vale 105 bilhões de euros.

Além disso, a atuação da Danone é concentrada em vários mercados. Há dez anos, 80% da receita do grupo vinha da Europa Ocidental. Essa dependência foi reduzida para 50%.

Excluindo-se as aquisições recentes, o faturamento cresceu 4,5% na Europa,17,8% na Ásia e 16% no resto do mundo.
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