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DairyVision 2019: como a Amul se tornou a maior marca láctea na Índia e uma das principais do mundo?

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 12/09/2019

5 MIN DE LEITURA

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Das 100 maiores marcas globais, apenas uma é indiana: a Amul, de lácteos, que figura na terceira posição em branding.

Além disso, no ano passado, a Amul, marca da Gujarat Co-operative Milk Marketing Federation (GCMMF), ficou entre as 10 maiores empresas internacionais de laticínios compiladas pela International Farm Comparison Network (IFCN), que lista anualmente o tamanho dos processadores de laticínios.

Não contente em estar entre as maiores empresas lácteas do mundo, a indiana Amul está se ramificando em direções inesperadas. Recentemente, a gigante indiana anunciou que passou a adicionar sólidos de leite em sucos, fortaleceu o seu negócio de chocolates e entrou no ramo de snacks congelados, entre outros.

No entanto, apesar de sua escala e história incrível, poucas pessoas fora da Índia conhecem a sua trajetória.

É aí que entramos: para contar com mais detalhes sobre o desenvolvimento da maior marca global da Índia, o COO da Amul, K.M. Jhala, palestrará no Dairy Vision 2019, evento organizado pela AgriPoint, em parceria com a Zenith Global, que ocorrerá no dias 26 e 27 de novembro, em Campinas/SP. Jhala atua na organização há três décadas e tem muito o que compartilhar sobre a evolução da marca ao longo dos últimos anos.

A GCMMF começou a vida quando um pequeno grupo de agricultores de duas aldeias formou o Sindicato dos Produtores de Leite da Cooperativa do Distrito de Kaira em 1946. Inicialmente, a produção era de apenas 250 litros de leite por dia.

Em meados dos anos 70, as finanças da empresa passaram a ser administradas por Verghese Kurien, figura que inclusive ficou conhecida com o ‘milkman’ da Índia. Foi ele o responsável por lançar a Operação Flood, um dos maiores programas de desenvolvimento da indústria agrícola do mundo e que contou com o apoio do Banco Mundial. Esse movimento também contribuiu para transformar a indústria láctea, gerando empregos e a responsabilizando por gerar um terço de toda a renda rural. Conhecida por muitos por Revolução Branca, a Operação deu um impulso para que a Índia se tornasse o maior produtor de leite do mundo no ano de 1998. Dentro do escopo do programa, uma rede de cooperativas foi estabelecida, assim como no âmbito das compras, processamento e infraestrutura de marketing. Além disso, atuou em programas para melhorias da produtividade animal e treinamento e desenvolvimento da mão de obra.

A Amul hoje

Hoje, os números da empresa impressionam qualquer um. A GCMMF controla uma bacia em cerca de 18.700 aldeias e tem nada menos do que 3,6 milhões de fornecedores de leite.  Sua aquisição de leite aumentou de 9,1 milhões de litros por dia há 10 anos para 23 milhões de litros em 2018, um aumento de 152%. O objetivo é ainda mais ousado: a empresa, que faturou US$ 6,5 bilhões em 2018, quer se tornar a terceira do mundo em captação de leite em 8 ou 9 anos.

Com uma visão sempre à frente, a Amul integrou recentemente tecnologias ao seu sistema de produção de laticínios, fato que contribuiu para a ascensão da empresa. A unidade de digitalização trouxe transparência no pagamento aos produtores de leite e a necessidade de uma conta bancária ativa atraiu muitas famílias agricultoras para o negócio.

Além disso, a Amul tem estimulado o movimento cooperativo de leite no país asiático e a CGMMF tem a ambição de um dia se tornar a maior organização de laticínios do mundo. Para isso, ela pretende investir de 6 a 8 bilhões de rúpias (US$ 86,2 a US$ 115 milhões) anuais nos próximos anos em novas instalações de processamento e embalagem. Vale lembrar que a Índia é hoje a maior produtora de leite do mundo (ao se somar bovinos e bubalinos) e o maior mercado consumidor do mundo, que segue em forte crescimento.

O gráfico abaixo, do Rabobank, dá uma ideia do que estamos falando. No eixo Y, o crescimento esperado em volume para vários mercados entre 2016 e 2022; no eixo x, o crescimento em % ao ano; o tamanho dos círculos é o tamanho do mercado em 2016.

A cooperativa atualmente possui 79 usinas e seus produtos são vendidos em mais de 1 milhão de pontos de venda. Além disso, os sindicatos membros da Amul planejam aumentar a capacidade de processamento de leite dos atuais 36 milhões de litros por dia para 38-40 milhões de litros nos próximos dois anos. Inclusive, no sul da Índia, um mercado que é dominado por fortes players regionais, a GCMMF está procurando melhorar sua distribuição.

O crescimento consistente da produção no mercado doméstico de Amul gerou uma certa competição entre empresas locais e multinacionais. Isso foi evidenciado no início deste ano, quando a gigante francesa de laticínios Lactalis fez sua terceira aquisição indiana em janeiro, quando comprou a empresa de produtos lácteos da Prabhat Dairy por cerca de 17 bilhões de rúpias (US$ 244,2 milhões). A Lactalis tem agora 11 fábricas na Índia e recolhe 2,3 milhões de litros de leite por dia.

Enquanto isso, a Fonterra, da Nova Zelândia, formou uma joint-venture com a Future Consumer da varejista Kishore Biyani para produzir uma variedade de produtos lácteos.

Segundo a Amul, essa competição é vista como uma oportunidade para eles continuarem aprimorando processos e se manterem na vanguarda do mercado lácteo indiano.

Os participantes do Dairy Vision terão a oportunidade exclusiva de conhecer a realidade de produção e industrialização de leite da Índia, através de seu caso de sucesso mais proeminente.

O setor lácteo passa por profundas transformações no Brasil e no mundo. Estas transformações têm diversas vertentes e carregam como consequência um cenário difuso, em que não se pode mais classificar o setor como algo uniforme: certamente haverá vários “setores” dentro do que se convencionou chamar de indústria de laticínios, com rentabilidades, perspectivas e crescimento muito distintos. A transformação passa por diversos pilares, podendo-se destacar: protagonismo crescente do consumidor, novas tecnologias e inovação aberta. O Dairy Vision é o evento mais exclusivo do setor no Brasil e um dos principais do mundo. A cada ano, cresce em número de participantes e empresas, sinal de que a proposta do evento é vencedora. Serão mais de 20 apresentações e debates com um único objetivo: dar uma oportunidade concreta para que os executivos tenham insights relevantes, daqueles que podem mudar o rumo de seus negócios. Faça a sua inscrição com desconto até o dia 30/09!

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