Enquanto a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), responsável pela fiscalização do mercado de ações, pediu explicações à Perdigão sobre a rejeição da proposta, a Sadia começou a procurar, um a um, os principais sócios da concorrente para tentar reverter a decisão.
A Sadia está procurando os representantes de sete fundos de pensão e da empresa Weg Participações. Donos de 55,38% das ações, eles rechaçaram a proposta feita na segunda-feira com o argumento que o preço oferecido era muito baixo. A Sadia também está ouvindo administradores de fundos de investimentos, que têm participações menores na Perdigão, mas que poderiam ajudar nas negociações.
A CVM não considerou válida, como prova da rejeição da oferta, a ata de reunião dos fundos de pensão, realizada na terça-feira. E pediu aos fundos de pensão que enviassem outros documentos confirmando oficialmente a recusa da oferta.
Após a entrega dos documentos, a Sadia deve informar em até 24 horas se mantém a proposta nos termos do edital de oferta pública.
A Sadia tem três alternativas para responder: renunciar à compra de metade mais uma das ações da Perdigão, elevar o preço da oferta ou simplesmente revogar a proposta. Segundo pessoas ligadas à empresa, a Sadia ainda tem recursos para fazer uma nova oferta financeira aos acionistas da Perdigão caso sinta que há espaço para negociação, informou Agnaldo Brito em notícia do O Estado de S. Paulo.
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