ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Crise de crédito faz Nilza atrasar pagamentos

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 19/02/2009

2 MIN DE LEITURA

1
0
Com o caixa afetado pela falta de crédito decorrente da crise financeira internacional, a Indústria de Alimentos Nilza está atrasando o pagamento de produtores de leite e outros fornecedores nas regiões de Campo Belo e Itamonte, no sul de Minas Gerais, e na de Ribeirão Preto (SP), onde tem fábricas. A empresa também encerrou as operações na unidade de Campo Belo e demitiu 140 pessoas. Essa fábrica mais a planta de Itamonte passaram para as mãos da Nilza há cerca de 10 meses, quando a empresa comprou a Montelac após uma disputa com a Parmalat.

"Eles alegam [a Nilza] que não têm dinheiro para pagar", afirma Márcio Marcos Carvalhal Júnior, produtor de Itamonte e tesoureiro do Sindicato dos Produtores Rurais da cidade. Ele entregava mil litros de leite por dia à unidade da Nilza em Itamonte, mas deixou de fazê-lo por conta dos atrasos e agora está fornecendo o produto para a Danone processar em Poços de Caldas (MG). Segundo ele, a Nilza quitou 68% do pagamento referente a novembro, mas não pagou no mês seguinte.

A Nilza admite atrasos nos pagamentos a fornecedores, mas, segundo o diretor de marketing José Maurício Furtado, a situação foi normalizada com a maioria deles, cerca de 78%. Ele afirma que os casos de produtores que não receberam o pagamento em dezembro são "pontuais". E diz que a expectativa é que, na metade de março, a empresa tenha "zerado todas as posições", isto é, conseguido quitar débitos com fornecedores.

De acordo com Furtado, a capacidade de pagamento da Nilza foi afetada a partir de outubro, com o agravamento da crise financeira internacional. "Linhas de crédito não foram renovadas e a empresa perdeu R$ 20 milhões a R$ 25 milhões de capital de giro", afirma. Nesse cenário, a Nilza decidiu escalonar o pagamento de seus fornecedores de leite, cerca de 3.200 nas regiões onde atua. Mas em dezembro, "um mês curto, com poucos dias de faturamento" por causa das festas, a situação se agravou e a empresa começou a adiar pagamentos, admite Furtado.

O diretor da Nilza desvincula o fechamento de Campo Belo dos problemas financeiros da empresa. Segundo ele, o fechamento da planta já estava nos planos da Nilza quando a empresa adquiriu a Montelac. A razão é que a distância entre as duas - 280 quilômetros - é considerada pequena. "Temos um projeto futuro para a unidade", afirma, sem detalhes. Com o fechamento de Campo Belo, a Nilza está processando 600 mil litros de leite por dia em Itamonte. Já em Ribeirão, onde a capacidade é de 850 mil litros, o processamento é de 750 mil litros, diz Furtado. Mas fontes do mercado afirmam que o processamento em Ribeirão teria caído à metade.

A Nilza atribui as dificuldades sobretudo à seca de crédito, mas especialistas do setor afirmam que a compra da Montelac por R$ 130 milhões, seguida pela crise no setor de leite, quando os preços despencaram, precipitou os problemas da Nilza que estaria alavancada e tentava ganhar "share" no mercado. Furtado, contudo, nega alavancagem e que a empresa tenha recorrido à estratégia de "comprar market share" por meio de redução de preços. Segundo ele, as linhas de crédito continuam "represadas". Assim, para gerar caixa e pagar dívidas a empresa busca se reestruturar com redução de despesas operacionais e ganho de eficiência.

Com uma participação de 35% da BNDESPar em seu capital, a Nilza também estaria buscando um sócio para equacionar os problemas financeiros, dizem fontes do setor. Questionado sobre o tema, Furtado disse que não comentaria.

A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.

1

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

EDUARDO VOLLET

OUTRO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/03/2009

Bom Dia.


Se a situação da Nilza é complicada, imaginem a minha que recebi os 68% de novembro, nada de dezembro, nada de janeiro, nada de fevereiro. Estou com o pagamento do óleo diesel atrasado do mês de janeiro, o pagamento dos medicamentos e insumos atrasado do mês de fevereiro, ligo para que eles paguem pelo menos um pouco, e o que sempre escuto é : os pagamentos vão sair na próxima semana e na próxima semana recebo a mesma informação. Se alguém puder me ajudar agradeço.



Eduardo Vollet

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures