Segundo o maître fromager Jair Jorge Leandro, o país já oferece 200 tipos de queijo e é o sexto maior produtor mundial. Comparado a outros países, o consumo ainda é tímido - 2,7kg por pessoa, enquanto que na Argentina é de 11kg per capita, e na França de 23kg. Porém, houve um crescimento de 107% no consumo dos queijos em geral e de 269% no de queijos especiais nas duas últimas décadas.
A qualidade do produto nacional e a diversidade desse tipo de produto melhorou bastante nos últimos anos, criando novas opções para o varejo. De acordo com reportagem de Adriana Carvalho para a revista Supermercado Moderno, a melhor qualidade do produto é decorrente da qualidade do leite produzido, sendo que há investimentos em tecnologia e os produtores estão se especializando. "Hoje o Brasil tem uma produção excelente. A competição de nacionais e importados é saudável para o cliente, que ganha na variedade", afirmou ela.
Entre as vantagens na comercialização dos queijos nacionais está o fato do produto ser mais barato e mais acessível ao consumidor, além dos fornecedores estarem próximos. Com isso, o produto chega fresco à loja. Além disso, segundo a consultora de frios do Pão de Açúcar, Elisa de Carvalho Hanada, com a compra de queijos nacionais evita-se a flutuação cambial. Ela disse ainda que no primeiro semestre do ano, os queijos nobres, incluindo importados e nacionais, tiveram elevação de vendas de cerca de 30% ante o mesmo período do ano passado.
O Pão de Açúcar está investindo na implantação de uma ambientação própria para divulgação dos produtos, com a classificação dos queijos, folhetos com informações e dicas gastronômicas.
Outra rede que está investindo nos queijos nobres é a Jaú Serve. Desde que reformulou sua seção de queijos nobres no início do ano passado, as vendas do segmento cresceram cerca de 50% em volume.
Segundo José Doniseti Vieira, diretor da rede, embora o consumo desse tipo de produto esteja concentrado no público A e B, com as mudanças realizadas e a maior presença de marcas nacionais, os consumidores com menor poder aquisitivo também estão comprando os produtos. "Trabalhamos com mais queijos especiais nacionais, com boa qualidade, e custam até 50% mais barato, proporcionando margens de até 35%", afirmou Vieira.
A rede também tem realizado palestras com o tema "queijos e vinhos" para divulgar a categoria de queijos nobres aos clientes. Neste ano já foram oito eventos realizados.
A empresa Polenghi, da companhia francesa Bongrain, já trabalhava com queijos especiais, e lançou no final de 2005 a Polenghi Sélection, com o objetivo de reforçar a marca Polenghi e aproveitar o crescimento desse mercado. As vendas desse tipo de queijo vêm aumentando de 15% a 20% ao ano em volume, segundo Paulo Nascimento Júnior, diretor de marketing da empresa.
Cresce mercado de queijos nobres no país
Segundo o maître fromager Jair Jorge Leandro, o país já oferece 200 tipos de queijo e é o sexto maior produtor mundial. Comparado a outros países, o consumo ainda é tímido - 2,7kg por pessoa, enquanto que na Argentina é de 11kg per capita, e na França de 23kg. Porém, houve um crescimento de 107% no consumo dos queijos em geral e de 269% no de queijos especiais.
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 2 minutos de leitura
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.
Deixe sua opinião!

BRUNO LAVRATTI
IJUÍ - RIO GRANDE DO SUL - ESTUDANTE
EM 04/10/2006
Muito bom. Cabe ressaltar que o consumo de produtos com maior qualidade também obteve crescimento em função da renda do consumidor, que vem aumentando nos últimos anos na média nacional.
Podemos observar que também que temos pouca propaganda dos produtos brasileiros, com exceção de alguns grandes grupos empresariais.
Podemos observar que também que temos pouca propaganda dos produtos brasileiros, com exceção de alguns grandes grupos empresariais.