Coronavírus reduz preços dos grãos na bolsa de Chicago

O sentimento de aversão ao risco devido às preocupações com o impacto do coronavírus na economia chinesa derrubou os preços dos grãos na bolsa de Chicago no fim de janeiro. No entanto, o movimento foi ineficaz para pressionar as cotações médias do mês, que só ficaram acima dos valores médios de dezembro porque, nos dias que antecederam a assinatura do acordo de primeira fase entre os Estados Unidos e a China, o clima nos mercados de commodities era de euforia.

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O sentimento de aversão ao risco devido às preocupações com o impacto do coronavírus na economia chinesa derrubou os preços dos grãos na bolsa de Chicago no fim de janeiro. No entanto, o movimento foi ineficaz para pressionar as cotações médias do mês, que só ficaram acima dos valores médios de dezembro porque, nos dias que antecederam a assinatura do acordo de primeira fase entre os Estados Unidos e a China, o clima nos mercados de commodities era de euforia.

Levantamento do Valor Data com base nos contratos futuros de segunda posição de entrega mostrou que, em janeiro, o preço da soja acumulou queda de 7,2%, embora o valor médio tenha ficado 0,62% acima do registrado em dezembro.

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No caso do milho, as cotações caíram 2,09% desde o início do mês, ao passo que as do trigo recuaram 1,65%. Porém, os valores médios superaram os de dezembro em 1,35% e 4,8%, respectivamente.

“Esse cenário [de pressão sobre as cotações] deverá persistir até que se tenha uma compreensão mais ampla do efeito do coronavírus para a economia chinesa, que já teve um crescimento baixo para os padrões do país no ano passado”, disse a analista da AgRural, Daniele Siqueira.

No caso da soja, há a expectativa de que os preços se recuperem no segundo semestre, para quando se espera que as vendas dos Estados Unidos à China cresçam mais, indicou o consultor de grãos da consultoria Datagro, Flávio França Júnior.

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Os analistas sustentam que o acordo entre as duas potências não terá grande impacto para as vendas de soja americana no primeiro semestre - quando o Brasil, maior exportador mundial, colhe sua safra. Além disso, os analistas avaliam que o acordo dificilmente será cumprido à risca porque as metas de compras são muito elevadas.

Na bolsa de Nova York, o mês de janeiro foi marcado pela forte queda no mercado de café arábica, em que o Brasil é relevante na formação de preços. A desvalorização do real ajudou a pressionar as cotações.

O preço médio do café caiu 11,19% em janeiro ante o mês anterior. O bom desenvolvimento da safra brasileira, que pode ser recorde, também foi um fator de peso.

As informações são do Valor Econômico.

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