Com a renda baixa, os produtores, a maioria deles pequenos, enfrentam graves dificuldades para sustentar a propriedade rural e muitos já estão procurando emprego na cidade para sobreviver. É o caso do produtor Aílton Alves Marçal, que em sua propriedade tem um prejuízo de duzentos reais por mês.
São os pequenos produtores de média produtiva de 50 litros de leite ao dia os mais prejudicados. O diretor comercial da Cooperativa Agropecuária de Divinópolis, Milton Azevedo, afirma que para esse período do ano a perspectiva era de que pelo menos os preços de janeiro do ano passado se mantivessem, ou seja, na casa dos R$ 0,42 por litro, mas um conjunto de fatores fez com que os preços despencassem.
Informou também que o leite em excesso, ou leite de sobra, pago a um valor 50% menor, é resultado do excesso de produção e termina ainda este mês. "Fazemos a cota do leite fornecido de maio a setembro. Essa média é a garantia de preço ao produtor em novembro, dezembro e janeiro", diz Milton.
"Estamos pagando entre R$ 0,34 e R$ 0,38 o litro de leite. O leite em excesso está saindo em média por R$ 0,20. Nosso interesse é que o produtor melhore o gado no tempo da seca e possua uma boa cota", afirmou o diretor comercial. Notícia da Gazeta do Oeste.
Cooperativa paga 50% a menos no leite-excesso
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MÚCIO RIBEIRO DE REZENDE
RESENDE - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 31/01/2006
Fui criado na roça, posso afirmar que amarrar cachorro com lingüiça era uma realidade. Existia uma parceria entre o patrão e os colonos que recebiam uma ajuda para adquirirem roupas, sal e querosene. Os produtos é que eram divididos (1/3, 1/2, 1/4), chamada de produção de consumo.
Hoje esta produção não existe mais, tornou-se inviável, principalmente onde a mecanização não é possível. Naquela época, na minha região, não existia fome, nem o desemprego, o que ocorre hoje.
Apenas a agropecuária está no vermelho. Manter um ordenhador, pagando, além do salário mínimo, encargos, feriados e domingos fica muito difícil, levando-se em conta que 80% dos produtores de leite, tiram menos que 100 litros/dia. E hoje, o preço do leite recebido pelos produtores está por volta de R$ 0,28/litro. Conclusão: o aumento não favorece nenhuma das 2 partes, e detona fontes de emprego.
Hoje esta produção não existe mais, tornou-se inviável, principalmente onde a mecanização não é possível. Naquela época, na minha região, não existia fome, nem o desemprego, o que ocorre hoje.
Apenas a agropecuária está no vermelho. Manter um ordenhador, pagando, além do salário mínimo, encargos, feriados e domingos fica muito difícil, levando-se em conta que 80% dos produtores de leite, tiram menos que 100 litros/dia. E hoje, o preço do leite recebido pelos produtores está por volta de R$ 0,28/litro. Conclusão: o aumento não favorece nenhuma das 2 partes, e detona fontes de emprego.