Cooperativa muda realidade de produtores do Acre

A Coopel (Cooperativa de Agricultores e Pecuaristas da Regional do Baixo Acre), após um empréstimo de R$ 370 mil, aumentou seu faturamento bruto para R$ 2,1 milhões, aumentou em 60% o número de fornecedores - todos produtores familiares - e 70% na produtividade.

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 2 minutos de leitura

Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

Constituída em 2000, como alternativa para os pequenos produtores leiteiros excluídos pelos laticínios locais, a Coopel (Cooperativa de Agricultores e Pecuaristas da Regional do Baixo Acre) está em plena ascensão e já é referência no Acre como modelo de gestão. Em 2004, em parceria com o poder público, a cooperativa recebeu assistência técnica adequada, passou por reestruturação e comprou o falido laticínio Sila, que processava o leite fornecido pelos 140 produtores.

Em 2006, beneficiada pelo Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) - executado em parceira pelos ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Desenvolvimento Agrário (MDA) - a organização conseguiu um empréstimo de R$ 370 mil. O investimento resultou em um faturamento bruto de R$ 2,1 milhões. "Com esse dinheiro pagamos os produtores que não recebiam há quatro meses", lembrou o presidente da Coopel, Ezequiel Rodrigues de Oliveira.

A folha de pagamentos em dia gerou um aumento de 60% no número de fornecedores - todos produtores familiares - e 70% na produtividade. Atualmente, 240 pequenos produtores integram ou vendem para a Coopel.

Os resultados do setor e da própria Coopel têm animado os produtores. Tanto que Francisco Correia da Silva voltou a fazer planos. "O sonho de aumentar a produção e poder vender o leite por R$ 0,50 ou até R$ 0,60 já não me parece tão distante", disse o pecuarista, que já está fazendo inseminação artificial no rebanho. "Em pouco tempo teremos por aqui um rebanho bem melhor, um plantel que nos permitirá produzir muito mais", anima-se.

Um convênio com o Governo do estado possibilita também os produtores da Coopel fazer inseminação artificial. Eles têm acesso a um banco de sêmen e pagam apenas o nitrogênio usado para conservar o material genético.

Atualmente, a cooperativa processa leite pasteurizado tipo C, queijo mussarela, queijo minas frescal, queijo de coalho, manteiga, doce de leite pastoso e requeijão. Os produtos ainda têm as marcas do antigo laticínio - Quinari, Mimosa e Puro Leite.

"Como temos o objetivo de trabalhar melhor o soro, produzindo bebida láctea e iogurte, estamos negociando mais um empréstimo de R$ 100 mil com a Conab para a compra de uma máquina para embalar adequadamente esses produtos", adiantou o presidente da Coopel.

Segundo o diretor do Departamento Econômico da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL) e coordenador da Câmara Temática de Leite da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Vicente Nogueira Netto, hoje o setor lácteo movimenta no Brasil cerca de R$ 16 bilhões por ano. "Desse montante, 40% vêm das cooperativas", destacou.

As informações são da assessoria de imprensa do MDS.
Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Qual a sua dúvida hoje?