Conab realiza pesquisa de custos da produção de leite

A Conab começa em 10 dias um levantamento dos custos de produção do leite para atualizar o preço mínimo fixado pelo governo para o produto. Segundo os pecuaristas, o valor atual (em média R$ 0,47 o litro considerando todas as regiões do país) está defasado, puxando para baixo os preços praticados pelo mercado, que sofreram forte redução este ano por conta do excesso de produção. Esta é primeira vez que a Conab realiza uma pesquisa de custos para fixar o preço mínimo do leite produzido pela agricultura empresarial.

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) começa em 10 dias um levantamento dos custos de produção do leite para atualizar o preço mínimo fixado pelo governo para o produto. Segundo os pecuaristas, o valor atual (em média R$ 0,47 o litro considerando todas as regiões do país) está defasado, puxando para baixo os preços praticados pelo mercado, que sofreram forte redução este ano por conta do excesso de produção. Esta é primeira vez que a Conab realiza uma pesquisa de custos para fixar o preço mínimo do leite produzido pela agricultura empresarial.

Segundo o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, os pecuaristas pedem que o litro do leite seja reajustado emergencialmente para R$ 0,60, embora o valor ainda seja insuficiente.

"O produtor de leite chega a dispender, em média, R$ 0,97 por litro - considerando o custo total de produção no qual são levados em conta, além dos gastos de custeio, reforma de pasto, depreciação do maquinário e oportunidade da terra -, e o preço médio de mercado praticado hoje é de R$ 0,57", argumentou. Em 2007, quando o custo de produção era menor (R$ 0,85) do que hoje, os produtores chegaram a receber mais de R$ 0,90.

A inversão ocorreu em função da melhora do preço pago pela indústria de laticínios pelo litro do leite nos últimos anos, que estimulou o avanço da pecuária leiteira em 2008, gerando expansão da produção e com isso o atual o recuo nos valores pago ao produtor. O governo federal chegou a liberar R$ 200 milhões no mês passado para apoiar a comercialização do leite e minimizar os prejuízos do pecuaristas.

A produção nacional de leite deste ano está estimada em aproximadamente 30 bilhões de litros. Destes, cerca de 28 bilhões são consumidos internamente, 1 bilhão será exportado e 1 bilhão restante, a princípio, ficará em excesso.

As informações são da Famasul, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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Roberto Cunha Freire
ROBERTO CUNHA FREIRE

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 12/12/2008

Creio que está havendo duplicidade de função, afinal para que serve a EMBRAPA GAdo de Leite, instalada em Juiz de Fora-MG, que é tida como parâmetro para diversos países? Todo o seguimento sabe e tem conhecimento que o custo de produção é apurado mensalmente pela Embrapa que é um orgão também federal, assim como a Conab, o que precisamos no Brasil é deixar de lado o excesso de tecnocracia e partir para a prática, exemplo em outros seguimentos nós temos aí demonstrado pelas fábricas de automóveis, Bancos, metalúrgicos etc.

Quando a crise os atingiu, não alegaram problema de mercado nem as suas mazelas internas de cada seguimento e sim se mobilizaram e exigiram do governo federal atidude em termos de ações como redução de impostos, dilação de financiamentos, aporte de recursos para segurarem empregos dos seus funcionário etc. Nós produtores rurais de leite, somos obrigados a ver veiculados em sites especializados e em jornais de grande circulação que um orgão federal como a CONAB vai apurar o custo de produção, pergunto para que? para encher linguiça como dizem o ditado popular se já temos o nosso custo da Embrapa e já estamos no prejuízo a tempo e ninguém lançou mão de atitudes efetivas, só lero, lero.

Creio que no Brasil a Constituição Federal de 1988 diz no seu Art. 5º "que todos somos iguais perante a lei", mas parece que esse mesmo artigo da Constituição Federal não se aplica para nós produtores rurais de leite, se comparados com outros seguimentos (como da "construção civil, bancos, metalúrgicos, fábricas de automóveis, etc). Nada contra os mesmos, porém isso demonstra a força, organização, poder de mobilização que suas lideranças de classes e seus representantes Políticos tem, enquanto as nossas estão por aí e não vemos acontecer nada, somente servindo de holofotes para jornais, nem se quer conseguem implantar uma metodologia que seja justa para apuração do preço do leite lastreada na média dos preços dos produtos derivados do leite e regularização do fornecimento do leite que produzimos para as cooperativas, laticínios e empresas do setor, seja regulamentando e exigindo assinatura de instrumento jurídico/contrato entre produtores rurais de leite e os seus compradores.

Constata-se com isso que somos desorganizados e sujeito a todas as massas de manobras possíveis e imagináveis; infelizmente o erro é nosso, que aceitamos passivamente essa situação, toda regra há exceção e alguns poucos tocam nessa ferida, mas ainda não vi ocorrer no Brasil nenhuma mobilização de vulto reivindicatória que de fato pleiteasse esse tipo de regularização que julgo premente e inevitável visando adoção de um preço real justo, regramento e respeito entre Contratante e Fornecedor de matéria prima no caso leite in natura produzido por nós produtores rurais de leite.
Qual a sua dúvida hoje?