O Conselho de Exportação de Lácteos dos EUA (USDEC) estima que as exportações de lácteos do país teriam atingido 17% da produção em 2018 em vez de 15,8%, este último, fato que realmente ocorreu devido às tarifas de retaliação do México e da China. Essa perda de vendas de exportação representa mais de 900 milhões de quilos de leite equivalente.
O México elevou suas tarifas de retaliação sobre os produtos lácteos dos EUA e as penalidades continuam sendo aplicadas às exportações para a China. “Enquanto as negociações entre a China e os Estados Unidos continuam, não estamos otimistas de que veremos as tarifas chinesas se elevarem em breve”, afirma Margaret Speich e Mark O'Keefe.
Speich é vice-presidente sênior de comunicação e associação e O’Keefe é vice-presidente de serviços editoriais do USDEC. "Tarifas de até 45% sobre os produtos e ingredientes lácteos dos EUA estão tendo um efeito negativo", disseram eles.
Julho de 2019 marca o 13º mês das tarifas chinesas. De julho de 2018 a maio de 2019, as importações chinesas caíram 43% em relação ao mesmo período anterior ao estabelecimento das tarifas. As vendas de leite em pó desnatado caíram 70%, o soro 49% e o queijo 45%.
Compondo esse impacto está a peste suína africana, que dizimou a indústria de suínos na China e no Vietnã. Ambos os países importavam produtos de soro como alimento para suínos. Com o surto, há menos demanda pelo produto. A boa notícia é que os preços mundiais dos lácteos estão subindo. Como resultado, o valor das exportações dos EUA subiu 1% para US$ 1,93 bilhão de janeiro a abril, relatam Speich e O'Keefe.
As informações são do Farm Journal & MILK Magazine, traduzidas pela Equipe MilkPoint.