CNA pede alíquota zero para fosfato bicálcico

Devido ao aumento do fosfato bicálcico, o preço do sal mineral praticamente dobrou desde novembro do ano passado, aumentando de R$ 25,00 para R$ 50,00 a saca. Por este motivo, a Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pediu à Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que inclua o fosfato bicálcico e o ácido fosfórico na lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, com alíquota zero.

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Devido ao aumento do fosfato bicálcico, o preço do sal mineral praticamente dobrou desde novembro do ano passado, aumentando de R$ 25,00 para R$ 50,00 a saca. Por este motivo, a Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pediu à Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que inclua o fosfato bicálcico e o ácido fosfórico na lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, com alíquota zero.
 
Para o presidente da comissão, Rodrigo Alvim, seria "a única maneira de aumentar a concorrência, freando estes aumentos que atingem diretamente o custo da nutrição animal".

No Brasil há apenas dois fornecedores de fosfato bicálcico. Para aumentar a oferta e segurar os preços do produto, o presidente da comissão quer facilitar as importações do ácido fosfórico e de fosfato bicálcico de fora do Mercosul. Hoje esses produtos entram no país com alíquotas de 4% e 10%, respectivamente.

Apesar das altas nos preços pagos pelo leite, os aumentos dos insumos acabam reduzindo o poder de compra do pecuarista e sua capacidade de investimento. Segundo dados dos Ativos da Pecuária de Leite, divulgados ontem pela CNA, o sal mineral subiu 36% de outubro de 2007 a fevereiro deste ano e também estão previstas altas semelhantes para os fertilizantes à base de fósforo.

O aquecimento da demanda mundial por ácido fosfórico, matéria-prima fundamental para a produção do fosfato bicálcico, principal fonte de fósforo dos sais minerais, é o principal responsável pelos aumentos. O fato de 90% da produção de ácido fosfórico serem utilizadas nos fertilizantes, agrava ainda mais a situação.

E ainda há previsão de novos aumentos, de 20% a 30%, para o fosfato bicálcico para maio. Desde novembro, o preço do produto mais que dobrou, passando de R$ 800,00 a tonelada para R$ 1.800,00 a tonelada. Os maiores consumidores mundiais de fosfato bicálcico são China, Índia, Estados Unidos e Brasil, que adquirem o produto do Marrocos, Rússia, Tunísia e Jordânia.

As informações são da Agência CNA.
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Richard James Walter Robertson
RICHARD JAMES WALTER ROBERTSON

RIO VERDE DE MATO GROSSO - MATO GROSSO DO SUL

EM 23/04/2008

Chegou a hora do governo demonstrar seu interesse em uma política agrícola justa e sustentável para o produtor. Nós produtores temos que dar todo o apoio às nossas entidades, vide CNA, no sentido de fortalecer esta reivindicação.

É inadmissível que as empresas se aproveitem deste momento de "alta" do leite e reajustem seus produtos, forçando a ciranda do produtor "sanfona" de leite (Ganha hoje, perde amanhã). Planejei meus custos no início do ano a R$ 1,50 o quilo e os mesmos já estão ultrapassando os R$ 1,60/kg para alguns produtos. Consegui estocar um pouco mas só Deus sabe por quanto vou comprar de novo. Só com muito empenho e união conseguiremos esta importante vitória.
Qual a sua dúvida hoje?