A retração de vendedores de milho e a demanda mais firme elevaram os preços do cereal no Brasil na primeira quinzena de maio. Vendedores estão retraídos devido às preocupações com a irregularidade das chuvas no Sul, Sudeste e em Mato Grosso do Sul, o que deve limitar o potencial produtivo das lavouras. Do lado dos compradores, esses agentes realizam negócios pontuais, abastecendo-se apenas para o curto prazo.
Além disso, a forte valorização do dólar também elevou as cotações nos portos de Paranaguá (PR) e de Santos (SP) – para o segundo semestre, os preços já chegaram a R$ 51,00/saca de kg. Apesar do aumento, as negociações ainda seguem calmas.
Nesse cenário, a valorização do cereal foi observada na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea. Na média das regiões, os preços no mercado de balcão (preço pago ao produtor) subiram 5,4% e, no mercado de disponível (negociações entre empresas), 3,2%.
Na região de Campinas, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas/SP) fechou no dia 15 de maio a R$ 50,57/saca de 60 quilos, avanço de 4,6% em relação ao dia 30 de abril. Porém, na média mensal, o cereal foi comercializado a R$ 49,87/sc, 5,8% abaixo da média de abril (R$ 52,92/sc).
A queda mensal foi reflexo da ausência de compradores na segunda quinzena de abril. A maioria deles se afastou do mercado por estar preocupada com a demanda do setor pecuário, importante consumidor do cereal para a produção de ração.
As informações são do Boletim do Leite, do Cepea.