O leite de vacas alimentadas com óleos de soja de peixe contém até três vezes mais ácido linoléico conjugado (CLA) do que o leite comum, informaram pesquisadores da Universidade do Estado de Utah, nos Estados Unidos, criando oportunidades para o desenvolvimento de produtos lácteos funcionais.
Os pesquisadores dobraram a quantidade de CLA do leite adicionando somente óleo de peixe e triplicaram adicionando óleo de soja à ração das vacas. A pesquisa mostrou que a melhor combinação de suplementos para aumentar o CLA no leite e no queijo é de 0,75% de óleo de soja e 2,7% de óleos de peixe.
Não houve alteração no sabor do leite ou do queijo após o aumento do CLA. No entanto, houve uma "leve tendência" de redução no teor de gordura do leite no grupo que recebeu óleo de soja, o que pode ser um problema, uma vez que os produtores recebem um preço prêmio pelo leite com mais gordura.
Os resultados deste estudo são semelhantes aos de uma pesquisa recentemente publicada pelo Centro de Pesquisas de Alimentos da Irlanda, Teagasc, onde os pesquisadores dobraram o teor de CLA de queijos fornecendo óleo de girassol às vacas, que continuaram se alimentando com pasto.
O estudo, liderado pelo pesquisador, Tilak Dhiman, foi publicado na edição deste mês do Journal of Dairy Science, e fornece mais evidências de que a dieta da vaca tem um importante papel na qualidade nutricional dos produtos lácteos.
Alguns estudos animais mostraram que o CLA é efetivo no combate e prevenção de certos cânceres, enquanto estudos com humanos e animais mostraram que o CLA pode ajudar a reduzir a gordura corpórea em longo prazo.
A reportagem é de Chris Mercer, para o site Dairy Reporter.
Cientistas norte-americanos triplicam quantidade de CLA do leite
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