Chuvas dificultam captação de leite no Centro-Oeste e Sudeste

As constantes chuvas ocorridas na região Sudeste e Centro-Oeste do país têm prejudicado a captação de leite em alguns locais.

Em Minas Gerais, onde o problema é grave, a seqüência de chuvas prejudica muito as estradas, dificultando a busca do leite nas fazendas. Embora chegue a haver perdas em volume de leite, a opinião é que não há influência no mercado em geral. Segundo Fausto de Ávila, diretor comercial da Capal (Cooperativa Agropecuária de Araxá Ltda.), associada a Itambé, o volume de leite perdido é muito mais representativo para o produtor, significando uma redução pouco significativa na oferta regional.

Já para Marcel Scalon Cerchi, do Laticínios Scala, há sim uma perda de qualidade do produto em virtude da demora do transporte da fazenda à indústria. A opinião é a mesma de Haroldo Max de Sousa, diretor presidente da Centroleite (Cooperativa Central de Laticínios de Goiás).

Para Max, as chuvas intensas e contínuas, além de prejudicar o transporte do produto, acabam favorecendo a incidência de doenças em lavouras de grãos, em virtude da alta umidade e baixa luminosidade nesse período.

Em São Paulo, ao menos na região Centro-sudeste, as chuvas não estão afetando o mercado, segundo Antônio Julião Bezerra Damasio, presidente da Cooperativa de Laticínios de Sorocaba (Colaso). As estradas no estado, em geral, são boas, o que facilita o acesso às fazendas, mesmo com as chuvas constantes. As condições de captação estão melhores se comparadas às de Minas Gerais.

Equipe MilkPoint.