As companhias de lácteos da China precisam investir mais em pesquisa e desenvolvimento para capitalizar no crescimento futuro de produtos lácteos com valor agregado, como bebidas lácteas, queijos e iogurtes, segundo um relatório da firma de consultoria McKinsey.
Esses produtos representam somente um quarto do consumo de lácteos da China atualmente, comparado com quase 60% no Japão, mas esta proporção deverá mudar rapidamente à medida que aumentar a renda das pessoas. Pesquisas sobre os padrões de consumo e preferências dos consumidores feitas pela McKinsey em mais de 150 cidades chineses sugerem que as vendas de bebidas lácteas, queijos e sobremesas, e iogurtes aumentarão em 22%, 38% e 31% por ano, respectivamente, nos próximos cinco anos.
Os produtos com valor agregado podem produzir margem de duas a três vezes maiores do que o leite fluido comum, mas, para que as companhias chinesas domésticas tenham sucesso neste segmento, precisam trabalhar mais para diferenciar seus produtos, além de simplesmente oferecerem novos sabores e embalagens diferentes.
"As cinco maiores companhias de lácteos chinesas, por exemplo, gastam menos de 1% de seus rendimentos em pesquisa e desenvolvimento, comparado com 3 a 4% das empresas ocidentais", diz o relatório.
O relatório afirma que as companhias chinesas que estão associadas com grandes empresas estrangeiras têm grandes chances de se sair bem nesta empreitada, mas que as pequenas empresas locais que poderão desaparecer em uma onda de consolidação do setor. Segundo a McKinsey, a indústria de lácteos da China poderá dobrar de tamanho, para quase US$ 20 bilhões, até o final da década. No entanto, apesar disso, a expectativa é que, até 2010, mais da metade das 1600 fábricas de laticínios da China não sobreviverá à transição.
A mudança para formatos modernos de varejo também está direcionando esta tendência, com redes internacionais como Carrefour e Wal-Mart tendo maiores demandas que os estabelecimentos menores. Haverá também uma maior competição entre os produtos lácteos de marcas próprias dos supermercados.
A reportagem é de Dominique Patton para o site Dairy Reporter.
China: meta é investir em produtos com valor agregado
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