Chile:produtores querem 31,5% sobre lácteos argentinos

Os produtores de leite do Chile querem tarifas de 31,5% às importações de lácteos da Argentina. Isso porque as importações de lácteos do Chile aumentaram 69,4% no primeiro semestre do ano, e os produtos argentinos são responsáveis por quase 70% do total, duplicando a participação que tinham em junho de 2005. Por isso, os produtores de leite do Chile estão empenhados em conseguir a aplicação de salvaguardas às importações de lácteos argentinos.

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Os produtores de leite do Chile querem tarifas de 31,5% às importações de lácteos da Argentina. Isso porque as importações de lácteos do Chile aumentaram 69,4% no primeiro semestre do ano, e os produtos argentinos são responsáveis por quase 70% do total, duplicando a participação que tinham em junho de 2005. Por isso, os produtores de leite do Chile estão empenhados em conseguir a aplicação de salvaguardas às importações de lácteos argentinos.

Segundo eles, a ausência de tarifas explica grande parte do que a indústria está chamando de sobre-oferta de leite fresco. No primeiro semestre do ano, as importações totais de produtos lácteos pelo Chile totalizaram US$ 50,9 milhões em valor e 161,3 milhões de litros em volume.

Em junho, as empresas que lideraram as importações foram a Nestlé, com 14,5% do total; Watt's, com 10,5%; Café do Brasil, com 8,8% e Vialat, com 7,7%. Os produtos mais comprados foram leite em pó (40,7%), usado principalmente como insumo para a indústria alimentícia, queijos (29,8%) e soro (8,5%).

Com relação ao leite em pó, as empresas que mais compraram foram Watt's (25,3%) e Nestlé (24,4%); no caso da manteiga, a liderança foi da Soprole (81,4%) e do leite fluido, a Vialat (64,4%).

A mudança mais notável nas estatísticas, preparadas pela Federação Nacional dos Produtores de Leite do Chile (Fedeleche), é observada nos países de origem das importações, já que, enquanto a Argentina representou no primeiro semestre de 2005 somente 35% das compras chilenas de lácteos - ficando no mesmo nível do Uruguai -, na primeira metade deste ano, a participação da Argentina foi de 69,7% do total.

Segundo o gerente da Fedeleche, Carlos Arancibia, este aumento se deve ao fato de a Argentina "ter um nível de competitividade artificialmente alto devido a políticas internas, como os subsídios à energia e aos insumos".

No caso do queijos gouda, a Argentina é ainda mais dominante, já que é responsável por 94,2% das compras chilenas, seguida pelo Brasil, com apenas 4,9%. Algo similar ocorre com o leite em pó, com 70,3% do total das importações vindas da Argentina.

A reportagem é do El Diario Financiero.
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