Chile aumenta exportações de leite em pó, frente 2007

O setor de lácteos do Chile vem passando por transformações. Os investimentos de mais de US$ 100 milhões realizados pelas indústrias do setor têm reestruturado as exportações. Entre janeiro e maio deste ano, o Chile exportou mais de US$ 106 milhões em produtos lácteos, o que representa um aumento de quase 40% com relação ao mesmo período de 2007.

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O setor de lácteos do Chile vem passando por transformações. Os investimentos de mais de US$ 100 milhões realizados pelas indústrias do setor têm reestruturado as exportações. Entre janeiro e maio deste ano, o Chile exportou mais de US$ 106 milhões em produtos lácteos, o que representa um aumento de quase 40% com relação ao mesmo período de 2007.

Ainda que, tradicionalmente, o principal produto exportado pelo Chile seja o queijo gouda, as obras em execução ou já terminadas de construção de torres de secagem de leite, visando a produção de leite em pó, transformaram esta situação. Empresas como Soprole - pronta para inaugurar a maior torre de secagem do país - Nestlé, Mupulmo e Colún fizeram importantes investimentos nos últimos meses e, até agora em 2008, este produto tomou o primeiro lugar nas exportações. O leite em pó passou de 21,5% das exportações totais no ano anterior para quase 33% em 2008.

A principal razão dessas mudanças, segundo o presidente da Aproleche-Osorno, Dietter Konow, são tanto fatores conjunturais como estratégicos. Enquanto o leite em pó atualmente está custando mais de US$ 5 mil a tonelada (53% a mais que em maio de 2007), este produto também possui maiores facilidades para sua comercialização, já que é de mais fácil armazenagem, possui usos universais e mais destinos.

Também houve mudanças nos destinos de exportação. O México continua sendo o principal comprador (43,3% de participação). No entanto, em termos percentuais, retrocedeu quase 10 pontos com relação a 2007, liberando espaço para outros mercados, como Venezuela (35,6%), Peru (5,7%) ou Cuba (4,4%).

Porém, como tem ocorrido com vários setores agroindustriais, os problemas do tipo de câmbio e o aumento nos custos têm afetado as margens dos produtores. O grande problema, segundo o presidente da Federação Nacional dos Produtores de Leite do Chile (Fedeleche), Enrique Figueroa, é que as margens têm caído e, paradoxalmente, ainda que atualmente recebam entre 200 e 210 pesos (US$ 0,39 e 0,41) por litro de leite, os lucros estão mais baixos do que quando recebiam 130 pesos (US$ 0,25) por litro. No entanto, Figueroa disse que vê essa situação como conjuntural. "Vemos com otimismo o futuro. O mercado internacional está muito demandante e o Chile pode aumentar a produção". A reportagem é do El Mercúrio.

Em 05/08/08 - 1 Peso Chileno = US$ 0,001960
510,300 Peso Chileno = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
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