A cesta básica disparou devido à alta dos produtos agrícolas e demanda acelerada de alimentos. O resultado, segundo pesquisa mensal do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) em 16 capitais brasileiras, foi o aumento de 24,22% em Goiânia a 46,55% em Recife, nos últimos 12 meses encerrados em maio. Esses números estão bem acima da inflação do período, cujo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) avançou 5,9% na taxa anualizada em abril.
Entre as capitais que tiveram avanço mais expressivo no custo da cesta básica estão Natal (40,75%) e Florianópolis (34,76%). São Paulo ficou em posição intermediária, com incremento de 26,49%. A capital paulista, no entanto, ainda tem a segunda cesta básica mais cara do país (R$ 233,92), atrás de Porto Alegre (R$ 236,58).
"Em 2007 e 2008 vimos a inclusão de um grande volume de famílias no mercado de consumo, mas já é possível que o rendimento nessa faixa tenha começado a cair em razão da alta dos alimentos. Isso pode levar a uma diminuição do consumo de outros itens", analisou o sócio da Tendências Consultoria e professor da PUC-RJ, José Márcio Camargo. Em algumas classes, lembra Camargo, os alimentos respondem por até 40% dos gastos. Assim, cada vez menos sobra para o consumo.
Sete produtos aumentaram em todas as capitais entre maio de 2007 e maio de 2008: carne, leite, tomate, feijão, pão, banana e óleo de soja. E já há retenção de alguns itens por parte dos produtores, que esperam por preços mais elevados.
De acordo com a economista Ana Maria Castelo, da FGV Projetos, os governos federal e estaduais deveriam oferecer isenções fiscais sobre os preços dos alimentos no sentido de estancar a alta. "Agora que a reforma tributária está em discussão, seria o momento ideal para propor a desoneração de itens da cesta básica, porque o aumento nos alimentos provoca um empobrecimento das famílias de renda mais baixa".
As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Cesta básica sobe até 46,55% em 12 meses
A cesta básica disparou devido à alta dos produtos agrícolas e demanda acelerada de alimentos. O resultado, segundo pesquisa mensal do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) em 16 capitais brasileiras, foi o aumento de 24,22% em Goiânia a 46,55% em Recife, nos últimos 12 meses encerrados em maio.
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ARISTIDES BARTOLOMEU NOVAES
ITAPERUNA - RIO DE JANEIRO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 04/06/2008
Prezados senhores,
Temos visto na grande imprensa comentários constantes sobre os preços dos produtos agropecuários, passando a impressão de que é o "produtor" o grande vilão desses aumentos. No entanto, não se pronuncia a respeito dos grandes au-
mentos dos insumos que, ao meu ver, é o grande gargalo desse país. Por longo tempo se produz abaixo do preço nesse país, sendo a razão primeira de se manter a inflação baixa por todo este tempo e nada se comentou a respeito. Porque o produtor não tem direito à lei de oferta e procura como preconizam os defensores dessa política neo-liberal? Compare os aumentos dos protutos industrializados e faça um parâmetro. Porque não se divulga? Vejam, o fosfato
bicálcico, matéria prima do sal mineral, subiu mais de 80% e cadê o comentário?
É preciso que alguém neste País saia em defesa das pessoas que produzem e não tem representatividade. Qual ministro saiu em defesa da defasagem do leite por tanto tempo? Necessita que a classe se organize e não fique culpando o Governo, pois o que há demais é crédito, mas falta a vontade dos burocratas em aplicá-los.
Um abraço,
Aristides.
Temos visto na grande imprensa comentários constantes sobre os preços dos produtos agropecuários, passando a impressão de que é o "produtor" o grande vilão desses aumentos. No entanto, não se pronuncia a respeito dos grandes au-
mentos dos insumos que, ao meu ver, é o grande gargalo desse país. Por longo tempo se produz abaixo do preço nesse país, sendo a razão primeira de se manter a inflação baixa por todo este tempo e nada se comentou a respeito. Porque o produtor não tem direito à lei de oferta e procura como preconizam os defensores dessa política neo-liberal? Compare os aumentos dos protutos industrializados e faça um parâmetro. Porque não se divulga? Vejam, o fosfato
bicálcico, matéria prima do sal mineral, subiu mais de 80% e cadê o comentário?
É preciso que alguém neste País saia em defesa das pessoas que produzem e não tem representatividade. Qual ministro saiu em defesa da defasagem do leite por tanto tempo? Necessita que a classe se organize e não fique culpando o Governo, pois o que há demais é crédito, mas falta a vontade dos burocratas em aplicá-los.
Um abraço,
Aristides.