Comparando-se a setembro do ano passado, os valores ficaram 3,8% superiores, segundo o Cepea. Mesmo assim, os pesquisadores lembram que o preço médio bruto deste mês está 5,2% abaixo da média deflacionada dos últimos seis anos, e que a receita bruta do produtor nesta ano está acumulando uma perda de 17% em valores reais.
O centro ainda verificou que o pico dos preços deflacionados pelo IPCA ocorre em julho, e, desse mês até setembro, a queda média dos últimos seis anos é de 4,81%.
Gráfico 1. Evolução dos preços deflacionados pagos aos produtores - média nacional.

Fonte: Cepea
De acordo com o Cepea, a alta de 2% verificada em Minas Gerais amorteceu o recuo dos preços em quatro estados pesquisados, visto que é o estado de maior produção nacional, resultando na estabilidade do mercado nacional.
As bacias produtoras do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba registraram a maior variação positiva nos preços do leite frente a agosto (alta de 2,78%). Já na região nordeste do Rio Grande do Sul, o aumento da produção resultou em queda de 2,15%, ou um centavo por litro de leite ao produtor.
O estado que apresentou maio valor pago aos produtores foi São Paulo, com uma média de R$ 0,5460/l. O que apresentou menor remuneração aos produtores foi Santa Catarina, com um preço de R$ 0,4453/l. O estado gaúcho apresenta a maior diferença entre os preços brutos mínimo e máximo pagos no mês: mais de 14 centavos; no mês passado, essa diferença passava de 18 centavos. As informações são do Cepea.
Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquidos) em setembro de 2006, referente ao leite entregue em agosto.
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Fonte: Cepea
Gráfico 2. Média de preços nacionais pagos aos produtores, em R$/l.

Fonte: Cepea
Elaboração: Equipe MilkPoint.