Canadenses querem liberar trânsito de animais para EUA

Reunidos em Kelowna para a Reunião Geral Anual da Dairy Farmers of Canada (DFC), os diretores da entidade comemoraram a recente reabertura da fronteira dos Estados Unidos para bovinos de corte vivos de menos de 30 meses de idade do Canadá. Entretanto, eles afirmaram que muito ainda precisa ser feito para que seja retomado o comércio de todos os animais, particularmente os bovinos leiteiros, que foram afetados pela crise da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), ou doença da 'vaca louca'.

"Os produtores de leite querem que o Governo Federal resolva com urgência o impacto da crise da EEB na indústria de lácteos", disse o presidente da DFC, Jacques Laforge. "A prioridade do Governo precisa ser agora a abertura para novilhas leiteiras e vacas exportadas para reprodução, e não somente de animais destinados a abatedouros".

Segundo os produtores canadenses, o Governo precisa se concentrar na reabertura da fronteira do México para os animais canadenses e na reabertura da fronteira dos EUA para outros animais, sendo exportados para abate ou reprodução.

Desde o começo da crise em maio de 2003, os produtores de leite do Canadá sofreram perdas de quase US$ 1 bilhão devido ao fechamento das fronteiras aos bovinos vivos, especialmente animais de mais de 30 meses de idade. Os produtores de leite perderam seus mercados de exportação para cerca de 100 mil novilhas vendidas anualmente e enfrentaram uma drástica queda no rendimento oriundo das vendas anuais de cerca de 200 mil vacas leiteiras descartadas.

Apesar dos resultados dos atuais processos judiciais dos EUA, a fronteira permanece fechada para novilhas e vacas leiteiras canadenses. Os produtores continuarão enfrentando as conseqüências das perdas de mercados, à medida que as fronteiras permaneçam fechadas para bovinos de mais de 30 meses de idade e sua carne.

Fonte: Dairy Farmers of Canada (por Thérèse Beaulieu), adaptado por Equipe MilkPoint