Câmara Setorial reivindica ações do Governo
Para enfrentar essa crise de renda que atinge o setor, a Câmara Setorial decidiu solicitar, entre outras medidas, a ampliação das compras governamentais para os programas sociais de distribuição de leite e derivados. A destinação de R$ 300 milhões para Empréstimo do Governo Federal (EGF) é outra reivindicação do setor que será levada ao Governo pela Câmara Setorial. A implantação do programa de marketing institucional, com a participação de produtores e indústrias, além de eventual parceria do Governo, é outra medida incluída no documento elaborado, ontem, pela Câmara Setorial para ser entregue ao Executivo.
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Para enfrentar essa crise de renda que atinge o setor, a Câmara Setorial decidiu solicitar, entre outras medidas, a ampliação das compras governamentais para os programas sociais de distribuição de leite e derivados. "Ações emergenciais de apoio à comercialização poderão salvar a produção de leite no Brasil", diz Rodrigo Alvim. A destinação de R$ 300 milhões para Empréstimo do Governo Federal (EGF) é outra reivindicação do setor que será levada ao Governo pela Câmara Setorial.
A implantação do programa de marketing institucional, com a participação de produtores e indústrias, além de eventual parceria do Governo, é outra medida incluída no documento elaborado, ontem, pela Câmara Setorial para ser entregue ao Executivo. Sua criação é considerada fundamental pelo setor para evitar a queda de preços em momentos desfavoráveis, como o vivido atualmente. Também serão solicitadas ações efetivas dos Governos Federal e estaduais para o combate à fraude e à comercialização do leite informal. É necessário, ainda, que se dê agilidade à implantação da reforma tributária, para coibir os efeitos negativos da guerra fiscal, que atinge principalmente os Estados exportadores.
Para Rodrigo Alvim, são necessárias ações emergenciais eficientes por parte do Governo Federal para fazer frente a uma crise que poderá comprometer o crescimento e a modernização do setor leiteiro, iniciada há 10 anos. "Houve crescimento da produção e da produtividade, além de melhoria da qualidade da matéria-prima", afirmou o presidente da Câmara. Tais transformações permitiram ao País passar da condição de importador líquido a de exportador de leite e derivados. O Brasil é o país com melhores condições de abastecer a crescente demanda mundial por produtos lácteos, mas, segundo Alvim, "a falta de estabilidade e de previsibilidade do mercado comprometem o aumento da competitividade da cadeia produtiva do leite".
As informações são da Agência CNA, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
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Quando poderíamos realmente nos beneficiar dessa situação favorável esbarramos na nossa falta de infra estrutura, na baixa cotação do Dolar e outros tais que comprovam a extrema incompetência do sistema agroindustrial do leite brasileiro. Vivemos uma situação em que somos sempre penalizados pelos baixos preços internacionais mas não nos beneficiamos desses preços quando estes estão elevados. Isso me faz crer que a raiz dos problemas está aqui mesmo.
O produtor brasileiro disse adeus definitivamente ao equilíbrio de forças entre os segmenos lácteos quando deixou ruir o sistema cooperativista e entregou de mãos beijadas à sanha capitalista uma massa fabulosa de fornecedores e de produto sem qualquer tipo de organização ou mesmo capacidade de articular-se. Ora, vivemos em uma economia de mercado e em um regime capitalista. Assim, é óbvio que a indústria pagará ao produtor o mínimo que puder.
Certa ocasião, conversando com um antigo supervisor da antiga Parmalat, indaguei a ele qual seria a política de preços para a minha região, o noroeste do Estado de São Paulo. Fiquei estarrecido quando ele me disse que os preços que seriam praticados na minha região estariam entre os melhores do Brasil, em compensação o preço que seria pago aos produtores do Rio Grande do Sul estariam entre os menores, pois ali o sistema de produção se baseava no regime de economia familiar e por isso poderia se pagar menos. É o mesmo que dizer: "Vou te dar somente o mínimo para que você sobreviva".
Em outra conversa com outra pessoa ligada à indústria ouvi outro chavão corrente que dizia: "Indústria quebra, produtor muda de atividade". Assim vamos caminhando aos trancos e barrancos. Transfere-se ao setor produtivo a maior parte dos riscos do negócio. É muito fácil ao varejo e indústria transferir as dificuldades da cadeia aos produtores. As barbaridades não param aí. O dumping está correndo solto. O varejo está vendendo leite UHT mais barato do que compra. Ou seja, está fazendo barretada com chapéu alheio - o do produtor. Essa prática nos leva ainda mais para o buraco. E Deus! Ninguém diz nada! Onde estão as lideranças dos produtores? Digo as verdadeiras lideranças, aquelas que tem realmente legitimidade para nos representar. Aquelas que deveriam abandonar o discurso do politicamente correto e não aceitar as mazelas do sistema como algo irreversível!
Precisamos assumir nossas culpas, dar um basta e exigir da sociedade o respeito que merecemos.

RIO VERDE DE MATO GROSSO - MATO GROSSO DO SUL
EM 19/09/2008