Calor na Califórnia mata milhares de vacas leiteiras

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 1 minuto de leitura

Ícone para ver comentários 1
Ícone para curtir artigo 0

O calor recorde registrado na Califórnia - estado de maior produção de leite dos Estados Unidos - matou milhares de vacas leiteiras e outros animais, deixando os produtores com pilhas de carcaças.

Uma combinação de altas temperaturas, crescimento na dominante indústria de lácteos de US$ 5 bilhões no Estado e poucas plantas para se desfazer dos animais mortos forçou várias regiões a declarar estado de emergência. Essas declarações permitiram que os animais mortos fossem colocados em depósitos de lixo - o que é normalmente ilegal, devido aos riscos ambientais.

A Califórnia passou por uma onda de calor de 10 dias seguidos, com temperaturas de cerca de 38 ºC.

A região de Fresno, cuja temperatura atingiu 45 graus nos últimos dias, foi uma das primeiras a declarar estado de emergência, - o primeiro da história da região - quando os produtores se depararam com uma grande quantidade de carcaças de animais se decompondo sob o intenso calor.

A região de San Joaquin, que também declarou emergência, estimou que os produtores de leite estão perdendo um total de 120 vacas por dia pelo calor. Os produtores individuais podem perder cerca de 2% de seu rebanho neste ano, de acordo com especialistas da indústria.

A Agência de Proteção Ambiental dos EUA está orientando os produtores de leite sobre como se livrar das carcaças sem causar danos ao meio-ambiente.

A reportagem é de Olivia Munoz para o Associated Press.
Ícone para ver comentários 1
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Huberto Itelvã Rockenbach
HUBERTO ITELVÃ ROCKENBACH

LAJEADO - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 03/08/2006

Essa preocupação com o excesso de calor no verão gaúcho, que muitos ignoram, é uma realidade, pois a cada ano se presenciam essas alterações bruscas de temperatura.



Também já chegamos a beirar temperaturas semelhantes às registradas na Europa. As vacas holandesas estão "pedindo socorro", e o que agrava são as estiagens e o pouco preparo dos produtores em relação à reserva de alimentos para estas épocas de escassez de alimento e água.



Falando em água, quero ver o que vai ser do Rio Grande do Sul, em relação à promessa de ganho fácil de dinheiro com a criação de suínos em sistemas integrados com grandes frigoríficos (principalmente cooperativas), onde construções são erguidas e nenhum estudo de impacto ambiental é elaborado.



Já temos aulas em relação à esses danos em outros estados, como Santa Catarina, mas o povo precisa se alimentar, não é? Quem sabe vamos ter mutações genéticas no futuro e não precisaremos mais consumir água, só alimento produzido por grandes empresas, que falam bonito em congressos em relação à preservação do meio ambiente. Me desculpem os leitores, mas as questões relacionadas à proteção de mananciais são apenas discurso.
Qual a sua dúvida hoje?