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Cai consumo de fralda, iogurte e lâmina de barbear no Brasil; veja ranking

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 04/07/2017

5 MIN DE LEITURA

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Em tempos de "dinheiro curto" e altas taxas de desemprego, o brasileiro passou a racionalizar as compras e a substituir alguns produtos por similares mais baratos ou até mesmo por outras categorias. Pesquisa da Kantar Worldpanel, que monitora 11,3 mil lares (representativos de 53 milhões de domicílios), mostra que a composição do carrinho de compras do brasileiro mudou e que, para incluir novas tendências de consumo na "cesta básica", as famílias passaram a comprar menos ou com menos frequência outros itens tradicionais das prateleiras.

Segundo o levantamento, que analisou 96 categorias de alto giro no período de abril de 2016 a março deste ano, os produtos cujas vendas mais cresceram em unidades no último ano foram: chá líquido (+71%), complemento alimentar (+44%), cappuccino solúvel (+25%), molho para salada (+25%) e água de coco (19%).

Na outra ponta, as maiores quedas foram registradas nas vendas de petit suisse ou queijinhos (-39%), fraldas descartáveis (-28%), iogurte (-15%), lâminas de barbear (-12%) e inseticidas (-11%).

Confira abaixo as 10 categorias cujas vendas mais caíram e as 10 cujas vendas mais cresceram no país, na média geral e por faixa etária (*clique nas imagens para ampliar). 

consumo brasileiro - Kantar

consumo brasileiro - Kantar

consumo brasileiro - Kantar
Para a diretora de Negócios e Marketing da Kantar, Christine Pereira, a pesquisa mostra que, além de trocas, está ocorrendo uma racionalização do consumo pelos brasileiros. "É racionalização mesmo. É claramente o dinheiro curto. Estamos vendo em várias categorias essa tendência de fazer durar mais o produto para caber no bolso". 

De acordo com a empresa de pesquisa e consultoria, o volume de compras dentro dessa cesta de categorias segue sem crescimento significativo desde 2015. No último ano, a alta média em número de unidades adquiridas foi de 2,8%.

"Em crises anteriores, buscava-se a marca de baixo preço. Agora, o bolso está muito mais apertado, mas o consumidor não quer abrir mão de categorias que estão facilitando a vida deles. Se ele enxergar um benefício claro, ele paga e racionaliza em outra coisa", explica Christine.

Produtos em alta

Ela destaca que os produtos cujas vendas mais cresceram no último ano – chá líquido, complemento alimentar, cappuccino e molho para salada – têm em comum o apelo à praticidade, à saúde e à inovação. "O consumidor quer saudabilidade, mas também quer custo-benefício e que seja fácil de fazer", diz.

Segundo os últimos dados disponíveis da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcóolicas (Abir), a produção de chás prontos no Brasil cresceu 8,8% em 2015, ao passo que a produção de sucos prontos e néctares caiu 3,7% na variação anual. Já a de refrigerantes recuou 6,1%.

Em termos de participação de mercado, entretanto, o volume de chá produzido anualmente ainda é pequeno, de cerca de 150 milhões de litros, o equivalente a apenas 12% do total da categoria sucos, e inferior até mesmo ao de bebidas a base de soja ( 207 milhões de litros/ano).

Produtos em baixa

No caso dos iogurtes, cujo consumo se popularizou nos últimos anos, a diretoria explica que apesar da queda, a penetração do produto nos domicílios permaneceu praticamente a mesma, caindo de 93% para 92%.

"O que caiu foi a frequência de compra. Não se compra mais todo mês", explica. "O bolso do brasileiro está muito apertado. Então ele está tendo que priorizar as escolhas e racionalizar em alguns outros itens", completa, citando também o aumento das vendas de opções de proteína mais baratas que carne como linguiças e presuntaria.

Com o prolongamento da crise e retomada lenta da economia, as vendas nos supermercados seguem fracas no Brasil. Segundo os dados da associação que representa o setor, a Abras, no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, as vendas reais (descontada a inflação) avançaram apenas 0,61%.

Brasileiro passa a fazer menos barba

No caso das lâminas, a racionalização significa fazer o produto durar mais, segundo a coordenadora da pesquisa. "Ela deixa de ser descartável e passa a ser usada mais vezes", afirma Christine.

O gerente de lâminas da BIC, Rodrigo Iasi, confirma as tendências apontadas pela Kantar. Segundo ele, com o aumento do desemprego o brasileiro passou a fazer menos a barba. "As pessoas quando não estão trabalhando, tendem a cuidar menos da aparência e a fazer menos barba. De uma frequência de quase três vezes por semana, a média no país caiu para quase duas", afirma.

Segundo ele, a queda do consumo de lâminas também reflete o maior número de homens que passaram a adotar barba e a tendência de fazer o corte em barbearias em vez da própria casa, mas segundo o executivo, o impacto desses fatores ainda é marginal.

A BIC afirma, no entanto, ter conseguido aumentar as suas vendas e sua participação no mercado de lâminas no último ano para 24%, em razão da procura por aparelhos de barbear mais baratos como os descartáveis.

Já a P&G, fabricante da líder de mercado Gillette, afirmou que a queda da categoria "está totalmente em linha com o mercado, seguindo as projeções referentes à queda no PIB (Produto Interno Bruto)" e avaliou que as mudanças na cesta de consumo do brasileiro é "consequência da transformação dos hábitos de compra".

Menos bebês, menos fraldas

Já a queda do consumo de fraldas descartáveis estaria relacionada a outros fatores diferentes da racionalização e do dinheiro mais curto. Segundo a P&G, dona da marca líder de mercado Pampers, inovações têm permitido que "a absorção dos produtos seja tão superior a ponto de precisarem de um pouco menos de troca de fraldas".

Segundo a fabricante, outra explicação para o volume menor de vendas é "a queda de natalidade, fator que vem sendo recorrente no Brasil".

Dados sobre nascimentos no Brasil indicam que a epidemia de zika também pode ter impactado nos planos de gravidez no último ano. Levantamento do G1 mostrou uma redução do número de nascidos vivos a partir do segundo semestre de 2016 em todo o país, em comparação com os anos anteriores, precisamente 9 meses depois do início da emergência por zika e microcefalia no país. No comparativo do total de nascimentos no 2º semestre de 2016 ante o mesmo período de 2015, a queda foi de cerca de 10%.

As informações são do G1. 

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