Bovinos podem ser hospedeiros do zika vírus, aponta Instituto Biológico

O Instituto Biológico, vinculado à Secretaria de Agricultura de São Paulo, identificou a presença do zika vírus em bovinos e cervos no interior do Estado de São Paulo. O resultado, inédito no país, mostra que esses animais podem ser hospedeiros do vírus. O zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue e da febre chikungunya.

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O Instituto Biológico, vinculado à Secretaria de Agricultura de São Paulo, identificou a presença do zika vírus em bovinos e cervos no interior do Estado de São Paulo. O resultado, inédito no país, mostra que esses animais podem ser hospedeiros do vírus. O zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue e da febre chikungunya.

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A pesquisadora Liria Hiromi Okuda, do Instituto Biológico, ponderou que a transmissão do agente se dá somente pela picada do mosquito infectado. “Os bovinos podem contribuir na disseminação do zika vírus, apenas se forem picados por esses mosquitos e depois, os mesmos picarem o homem”, explicou.

De acordo com ela, o fato de se ter encontrado o vírus nos animais não significa que houve manifestação clínica do quadro de enfermidade neles. “Os bovinos estavam sadios no momento da coleta das amostras”, disse. Entretanto, de acordo com relatos dos pesquisadores da Unesp, após o resultado das análises moleculares, alguns animais apresentaram febre. Também foram registrados nascimentos de cervos abaixo do peso ou natimortos.

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“Precisamos obter maiores dados para avaliar se esses sintomas foram decorrentes do zika vírus ou se foram problemas pontuais, causados por outros fatores”, afirmou Liria. Os animais se mostraram negativos para a língua azul, doença que causa sintomas semelhantes como febre, baixo peso e natimortalidade.

As coletas de sangue se deram em fevereiro de 2018, período compatível com a época de maior multiplicação dos insetos e as análises sorológicas foram finalizadas este mês.

Ao todo, foram analisadas 3.103 amostras de bovídeos nos Estados de São Paulo (1.663), Pará (845), Mato Grosso (268), Minas Gerais (156), Paraná (2) e Santa Catarina (11), além de 158 fetos de localidades diversas.

As informações são do Valor Econômico.

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