BB é acusado de venda 'casada' em quatro estados
Fiscalização da CGU (Controladoria Geral da União) constatou que o Banco do Brasil usou a liberação dos recursos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) para vender produtos e serviços da instituição. O que é proibido pelo MCR (Manual de Crédito Rural), em norma do Conselho Monetário Nacional.
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Segundo reportagem de José Maschio para o jornal Folha de S. Paulo, as vendas "casadas" foram descobertas em pelo menos quatro estados. Relatórios da controladoria, com base em fiscalizações realizadas em 2006 e divulgadas no mês passado, mostram que o BB condiciona a liberação de créditos do Pronaf à compra, pelo agricultor, de produtos do banco.
Essas irregularidades aparecem em municípios como Antônio Dias e Ninheira (MG), Paranaíba (MS) e Lunardelli (PR). Em Chuvisca (RS), o BB é acusado de não devolver juros para débitos quitados antes do prazo.
Em Antônio Dias (MG), segundo o relatório dos técnicos da CGU, ao obter empréstimo de R$ 18 mil, com prazo de oito anos e pagamento anual, um agricultor foi obrigado a comprar um seguro de vida com pagamento anual de R$ 453.
Adenir Gomes Ferreira, dono de 9,6 hectares, é um dos agricultores com dinheiro bloqueado pelo BB. Na safra de verão passada, ele fez empréstimo de R$ 8 mil, com vencimento em outubro. Para ter o dinheiro, teve que comprar um título de capitalização.
Em abril deste ano, Ferreira vendeu R$ 8,5 mil em soja para uma cooperativa e teve o dinheiro retido pelo BB, que abriu, compulsoriamente, uma poupança para garantir o pagamento do empréstimo. "Fizeram eu abrir uma poupança e o dinheiro está lá, bloqueado, para quitar uma dívida que só vai vencer em outubro", contou.
"O banco poderia ter quitado a dívida antecipadamente e devolver os juros cobrados de abril a outubro, mas nunca fazer o bloqueio", afirma a gerente da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) em Lunardelli (PR), Liliane Rodrigues da Fonseca.
"Esse é um caso de perversão, de irregularidade, que precisa ser investigado", disse o diretor financeiro e de proteção à produção rural, João Luiz Guadagnin, da Secretaria de Agricultura Familiar.
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RESPLENDOR - MINAS GERAIS
EM 27/08/2014

MATO GROSSO DO SUL - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 08/01/2008

RIO DO PIRES - BAHIA
EM 15/10/2007

OUTRO - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 13/10/2007
Isto é uma vergonha!

ITAIPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ
EM 01/10/2007
UNIÃO DA VITÓRIA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 28/09/2007
Nas reuniões de Plano Safra para operacionalização do crédito, alguns técnicos são convidados outros não. Por que será?

GOIÂNIA - GOIÁS - PESQUISA/ENSINO
EM 17/09/2007
A pergunta é: o que poderíamos fazer? Sugiro que o MilkPoint encaminhe a matéria e os e-mail enviados, pedindo informações sobre quais as iniciativas e providências deveriam ser tomadas, para serem divulgadas neste site.
Sugiro enviá-las para as federações de agricultura dos estados que tiveram manifestação de e-mails no site; ao Pronaf, solicitando quais providencias estão sendo tomadas; ao Banco Central, no setor que controla as normas de crédito rural; à direção do Banco do Brasil; ao Ministério de Desenvolvimento Agrário; ao MAPA; aos Procons dos Estados que tiveram e-mails citados; aos Ministérios Públicos dos Estados que tiveram e-mails citados; às OABs dos estados que tiveram e-mails citados solicitando sugestões de procedimentos jurídicos cabíveis; às entidades de defesa de consumidores como o IDEC/SP e outras.
Acho que a circulação de informações é o que o site pode fazer de melhor para toda a rede clicada no MilkPoint!

PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO
EM 14/09/2007
E vão continuar ganhando, pois esta é a instituição que mantém o capital volátil que tanto atormenta uma economia como a nossa! Viva os bancos... Nós continuaremos pagando a conta, o resto da vida.

CAMPINA VERDE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 13/09/2007
O BB afasta os pequenos produtores do Banco, faz o papel inverso do que deveria ser sua função: permitir que os pequenos e médios produtores crescerem.

OUTRO - PARANÁ - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA
EM 10/09/2007
Sou o repórter que produziu o material na Folha de S. Paulo. Como pretendo dar continuidade ao caso, gostaria de receber depoimentos pessoais sobre venda casada (não só para Pronaf, mas para financiamentos e custeios agropecuários) no e-mail jmaschio@folhasp.com.br.
Agradeço ao produtor que acrescentar telefone para contatos.
José Maschio

POMPÉU - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 29/08/2007

ANÁPOLIS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 25/08/2007
Creio que o BB deve reescrever a missão do banco que fica ali pendurada atrás do gerente. E pensar que tem uma função social.

MEDIANEIRA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 23/08/2007
É vergonhoso perceber qual é o conceito que se tem do produtor rural. Acham que somos todos ignorantes, burros, pior, sonegadores. Essas práticas sempre ocorreram aos olhos de todos, inclusive dos órgãos de fiscalização, e por que só agora a manifestação? Qual é o interesse com isso? Quem está sendo benefiado desta vez?
Infelizmente, em se tratando de Brasil, a gente já começa a fazer esse tipo de indagação, pois nada acontece a não ser que alguém lucre com isto. Ainda nem é ano eleitoral. Não é estranho?

RIO DO CAMPO - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 23/08/2007
Temos que parabenizar o Governo pelo investimento que se está fazendo pela agricultura do Brasil, mas temos que mudar o sistema de repasse destes recursos. Minha opinião é que nós, agricultores, devemos nos unir em Cooperativas de Crédito.

PIRATINI - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 23/08/2007

MARINGÁ - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 23/08/2007
Na época eu queria um financiamento para comprar uma ordenhadeira mecânica no valor de R$ 18.000,00. Eu já era cliente do BB há mais de cinco anos e fui até lá para ver como era o Proleite. A primeira coisa que o gerente fez, (nem olhou meu cadastro e outros documentos que eu levei) foi trazer a papelada para eu assinar para adquirir mais um cartão de crédito (eu já tinha 2 no BB), um seguro de vida, um seguro do bem que eu queria adquirir, abrir outra conta de cheque especial etc,.
Quando indaguei sobre os juros 8,75% ao ano descobri que na verdade era 8,75% dividido por 12 capitalizado mês a mês, ou seja, mais de 12% ao ano, contrariando a norma do Banco Central para esse tipo de financiamento. Comecei a questionar mais ainda o gerente da agência sobre os procedimentos ilegais e foi aí que o cidadão Sr. Gerente do Banco do Brasil me expulsou da agência dizendo que aquelas eram as normas e que se eu não aceitasse não tinha negócio.
Levantei-me e fui embora e não comprei a ordenhadeira pela Proleite do BB. Mais tarde fui informado pelo fabricante que caso tivesse comprado pelo BB, seria me cobrado um adicional de 2% no valor do equipamento que é a taxa que o BB cobra do vendedor na operação, ou seja, venda somente com fornecedor credenciado( que paga comissão), mais ainda, o fornecedor não podia contar ao cliente a respeito dessa comissão que obviamente acaba sendo cobrada do cliente.
No fim comprei o equipamento direto do fabricante, no preço à vista dividido em 36 meses, sem burocracia, aborrecimentos, sem gerente de banco falando um monte de bobagens, achando que nós produtores rural somos todos um bando de trouxas.
Ha 10 anos produzindo leite, hoje com 1.200 litros por dia, com 58 vacas em lactação, graças a Deus sem precisar recorrer a recursos de banco.
Resta aqui minha indignação e meu repúdio às práticas abusivas do sistema bancário ao produtor rural, que alimenta o Brasil e o mundo.

PINHEIRO MACHADO - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 22/08/2007
Vamos ver no que vai dar...

RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 22/08/2007
Estava demorando para descobrirem essa pouca vergonha.
ALTO ARAGUAIA - MATO GROSSO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 22/08/2007
Aqui no estado do MT, precisamente no Pronaf, esta pratica é corriqueira e apoiada por secretários da agricultura municipais que em 99% dos casos são também presidentes dos conselhos municipais de desenvolvimento sustentável, assistências técnicas e presidentes dos sindicatos rurais e dos trabalhadores. E quem é prejudicado é o próprio país, devido ao alto grau de inadimplência dos financiamentos, para se ter idéia de números aqui na região do baixo Araguaia matogrossense é algo em torno de 60% no Pronaf.

LIMOEIRO DO NORTE - CEARÁ - PESQUISA/ENSINO
EM 22/08/2007