BB aprova recursos de R$ 2,2 bi para pecuária leiteira

O maior entrave que enfrentamos é a burocracia documentária para pegar este empréstimo, principalmente se tiver que apresentar avalistas.

Enquanto uma dose de cachaça vale um real, um litro de leite está sendo pago a R$ 0,46 centavos. Fica difícil investir no setor com este panorama que já perdura por anos a fio. Por mais que nós produtores tentamos novas tecnologias, fica cada dia mais difícil tirar o sustento do leite.

Sabemos que quando a esmola é grande, o santo desconfia. Porém, se realmente sair este dinheiro, que não se concentre em uma só região ou na mão de poucos produtores.

Caro Olivier,

Um grande abraço e parabéns pela iniciativa de sair à frente dos demais. Isto prova a seriedade que você impõe no comando deste sindicato.

Espero que esses recursos cheguem aos produtores de Santo Antônio de Pádua. Vamos aguardar.

Esse investimento é de extrema importância para o setor lácteo, como exemplos, há o DRS (Desenvolvimento Regional Sustentável) do leite que o BB já está implantando em alguns estados.

O Pará está sendo contemplado; é um recurso que exige um monitoramento contínuo, principalmente para os destinados aos pequenos produtores rurais, visto que muitos não têm capacidade de administrar essa renda, compram vacas que não tem aptidão leiteira, ou seja, não sabem negociar.

Trabalho com capacitações voltadas para o gerenciamento destes produtores. Uma das exigências do BB para implantar DRS, em um dos grupos que atuo, foi exatamente a capacitação em administração, gerenciamento etc, e o crédito´ficou em 5º lugar.

Esse recurso, se bem administrado, contribui para aumento da sua produtividade, e conseqüentemente para o aumento do padrão de vidas dessas pessoas, que vivem em situações precárias na zona rural.

Torceremos para que esse recurso chegue nas mãos dos produtores que mais necessitam.

Atenciosamente,

Maria Luzineuza Alves Gomes da Maia.

Sou presidente dos Sindicato dos Produtores Rurais de Lima Duarte, e para facilitar um pouco a vida do produtor, acabamos de assinar um convênio com o B.B. de tal forma que toda a documentação, após obtida a D.A.P. junto a EMATER local, será preparada por nós sem a necessidade do solicitante ao crédito ir ao B.B. nesta fase.

O solicitante somente irá ao B.B. após tivermos a confirmação da aprovação do financiamento, para assinatura do contrato e abertura de conta corrente, se for o caso.

Espero que esses empréstimos não venham acompanhados de necessidade de registrar contratos em cartórios, que cobram valores exorbitantes, e de taxas de seguro altíssimas, que são renovadas anualmente e que encarecem a taxa real de juros.

Graças a Deus teremos recursos especialmente para nós, produtores de leite, coisa que não tínhamos.

Esperamos agora que estes recursos sejam realmente passados para nós e sem muita burocracia, pois nossa atividade está precisando de recursos para podermos nos modernizar.

A pecuária leiteira do país não só precisa de financiamento, mas também de uma política de preço justo, onde o produtor, principalmente o pequeno, tenha garantia de um valor justo pela sua produção.

Vamos aguardar para ver se esses valores realmente chegarão nas mãos dos produtores, ou se ficará parado no banco, devido à grande burocracia de documentos que são exigidos.

É por isso que passamos todos os dias por este site. Parabéns!

Inacreditável. Impressionante. Finalmente. Será verdade, alguém acordou no Governo Federal? Parabéns ao Banco do Brasil pela iniciativa. Só espero que a "burrocracia", que sempre imperou no Brasil, não atrapalhe este movimento de amparo, ainda que velado, à pecuária de leite brasileira.

Espero ainda que os produtores rurais não tenham que apresentar rendas altas, avalistas, garantias irreais que venham a matar o rebento antes do parto. Somente com financiamento da produção poderemos ter rebanhos mais fortes, produtividade alta, tecnologia de ponta no campo, minimizando o custo da produção e melhorando a vida dos produtores. De qualquer maneira, seja bem vinda a iniciativa.

Como investir em um negócio onde quem faz o preço é quem compra? Não há como fazer planejamento.

Ou as regras comerciais mudam ou podem dar o crédito que quiserem, que só estarão aumentando o número de endividados no campo e, quem sabe, dos sem terra, pois os produtores as terão perdido para pagamento das dívidas.

Acredito que já não era fora de hora, o governo deveria constantemente liberar recursos a juros baixos. O setor leiteiro é um grande empregedor de mão-de-obra e também é de grande importância na cadeia alimentar.

Espero que essas linhas de crédito continuem e que esses recursos ajudem o setor a se recuperar.