ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Banco Original amplia público-alvo e terá conta digital para empresas

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 23/04/2019

5 MIN DE LEITURA

0
0

O Banco Original vai ampliar o público-alvo de sua conta digital e começa a colocar em prática uma operação baseada em parcerias com fintechs, com a qual planeja oferecer produtos também a não correntistas. Sob o comando de Alexandre Abreu desde janeiro, a instituição deixa para trás um modelo de negócios voltado para a clientela de alta renda e parte em busca de escala.

“Tem um vento bastante favorável para essa mudança”, afirma Abreu. O executivo, que concedeu ao Valor sua primeira entrevista desde que assumiu a presidência do banco, aponta a queda da inadimplência, a retomada do crédito, o cenário macroeconômico mais equilibrado e uma agenda do Banco Central (BC) aberta às soluções digitais como os fatores-chave desse cenário.

Quando chegou ao mercado, em 2016, o banco controlado pela holding J&F, da família de Joesley e Wesley Batista, só permitia a abertura de conta digital para clientes com renda acima de R$ 7 mil. No ano passado, o Original reduziu o limite para R$ 4 mil e, a partir deste mês, vai eliminar esse piso. A mudança foi impulsionada pela criação, no BC, de uma conta de pagamentos simplificada, com movimentação de até R$ 5 mil mensais e verificação eletrônica por parte das instituições financeiras.

Com a ampliação do foco, o banco espera elevar de 40 mil para 100 mil a quantidade de novos processos de abertura de contas de pessoa física por mês. O Original tem 821 mil clientes, número que é monitorado em tempo real de uma tela localizada na sala que concentra a diretoria da instituição financeira. A meta é chegar a 2,5 milhões em dezembro.

A busca de maior escala é o caminho traçado pelo banco para rentabilizar a operação de varejo. O Original também tem um braço de atacado, voltado ao agronegócio. No total, a instituição fechou 2018 com lucro R$ 2,7 milhões, mas a plataforma digital ainda opera no vermelho. Há dois anos, o banco enfrentou o baque provocado pela delação premiada dos irmãos Batista, controladores da JBS. O Original não foi vendido, como se esperava, mas as notícias ruins respingaram na marca naquele momento.

Agora, a nova estratégia de crescimento do banco digital também passa pelo lançamento, previsto para maio, de uma conta para pessoas jurídicas. A plataforma, chamada de Original Empresas, tem como foco inicial os pequenos empreendedores e a ideia é que o cliente tenha um mesmo gerente para a conta pessoal e a do negócio. O aplicativo do banco terá ambientes separados para as duas modalidades, mas o correntista poderá transitar com facilidade de um para outro. O login será o mesmo para ambos. O usuário também terá dois cartões para transacionar os recursos de cada uma das contas.

“Vai ter um caráter de educação financeira, porque hoje é um problema muito comum o empreendedor misturar a vida pessoal e a empresarial na mesma conta”, afirma Raul Moreira, diretor-executivo de tecnologia, inovação e operações do Original. Ex-presidente da Alelo, Moreira foi trazido por Abreu para ajudar no processo de inovação do banco.

O foco são os 28 milhões de empreendedores do país, sendo 8 milhões deles da categoria de microempreendedores individuais. O cliente pagará R$ 39,90 por mês por um pacote simplificado, com contas pessoa física e jurídica. A versão completa, de R$ 79,90, dá direito a uma maquininha de cartões. O equipamento também poderá ser comprado separadamente.

Para isso, o Original firmou parceria com a credenciadora de cartões Cielo, que até então só tinha contrato com seus acionistas, Banco do Brasil e Bradesco, e com a Caixa. “Vamos dividir a última linha desse negócio com a Cielo”, conta Abreu. “Mas a ideia é usar o recebível das vendas com cartões desse cliente como garantia em operações de crédito, com taxa de juro menor.”

Por enquanto, a conta estará disponível apenas para profissionais liberais e autônomos, categorias que o Original estima em 10% de seus clientes. A ideia, no entanto, é que em três meses seja possível também a abertura para empresas com sócios.

Outra grande aposta de Abreu para expandir o Original reside no chamado “open banking”. A instituição negocia parcerias com fintechs, com as quais será possível oferecer produtos e serviços para não correntistas. “Queremos desvincular os conceitos de conta e serviços que existe nos bancos tradicionais”, afirma o executivo, que foi presidente do Banco do Brasil.

No futuro, a ideia é que o Original se torne uma plataforma de produtos e serviços, e que a conta esteja atrelada a uma espécie de “marketplace” para os clientes. “Se a pessoa quiser ter conta no Original e cartão de outro emissor, tudo bem. Ela pode ter e debitar da conta dela aqui. Se quiser só ter algum produto meu e não ter conta, tudo bem também”, diz Abreu.

Em casa, o banco planeja oferecer produtos como empréstimo pessoal, cartão de crédito, financiamento rotativo, cheque especial e crédito com garantia em recebíveis, ampliando um leque já disponível hoje. No segundo semestre, vai começar a fazer empréstimos consignados com contratação totalmente digital, o que dispensa a necessidade de ter correspondentes bancários. Para outras modalidades, como financiamento imobiliário e de veículos, no entanto, a instituição vai buscar parcerias.

A criação dessa plataforma já começou. O Original fez proposta para adquirir metade da participação da PicPay, que oferece serviços de carteira virtual e transferência de valores. O banco vai oferecer cartões para os 700 mil clientes da fintech.

Segundo Abreu, a ideia é não ver as fintechs como concorrentes. “Muitas delas precisam de uma estrutura regulatória, que é cara e complexa, e nós temos isso a oferecer”, diz. “Em contrapartida, podemos vender os produtos delas, dividindo os resultados.”

O caminho não necessariamente será de compra de participação, como no caso da PicPay, mas de contratos comerciais. Com as parcerias, o Original pretende avançar no modelo de ser um banco de varejo digital e completo, e não uma instituição de nicho, como tendem a ser as fintechs, diz Abreu.

Ao optar por não desenvolver tudo sozinho e não ter rede física, o banco procura trabalhar com uma estrutura de custos enxuta. O Original tem cerca de 600 agentes autônomos para distribuir seus produtos e planeja chegar a 1,5 mil até o fim do ano.

As informações são do jornal Valor Econômico.

0

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do MilkPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

MilkPoint Logo MilkPoint Ventures