Balança registra o maior déficit mensal de 2006
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em novembro, as importações brasileiras de lácteos somaram US$ 16,9 milhões, contra US$ 8 milhões exportados, representando um saldo negativo de cerca de US$ 8,9 milhões, o maior déficit ocorrido neste ano.
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 1 minuto de leitura
No acumulado do ano, o saldo já representa US$ 10,9 milhões, contra o saldo positivo de US$ 992 mil obtido no mesmo período de 2005.
As exportações somaram US$ 7,998 milhões e 5,6 mil toneladas, representando um aumento de 2% e 18,7% em valor e volume, respectivamente. Em relação a outubro deste ano, houve redução de 39% em valor e 40% em volume.
De janeiro a novembro, as exportações totalizaram US$ 128,4 milhões, o que representa um aumento de 15,5% em relação ao mesmo período do ano passado, e 82,6 mil toneladas (aumento de 22,9% frente ao mesmo período de 2005).
As importações somaram US$ 16,9 milhões e 8,9 mil toneladas, apresentando um aumento de 119,6% e 113,9% frente a novembro de 2005 em valor e volume, respectivamente. Em relação a outubro, houve um aumento de 21,2% em valor e redução de 0,9% em volume.
No acumulado do ano, as importações totalizaram aproximadamente 139,3 milhões e 83,5 mil toneladas, representando um aumento de 26,5% e 26,3% em valor e volume, respectivamente, frente ao mesmo período do ano anterior.
Previsão para dezembro
O aumento das importações é um reflexo ainda do cenário favorável que vinha ocorrendo ao setor importador de lácteos no Brasil em 2006 em função do baixo valor do dólar frente ao real. Mesmo com os preços internacionais em alta atualmente - o que favorece uma substituição das importações e aumento das exportações - os dados da balança ainda não repercutiram a nova realidade, uma vez que o MDIC considera o momento de embarque para inclusão nos dados da balança comercial.
Assim, é provável que em dezembro haja reversão desse quadro e não será surpresa se o Brasil terminar 2006 com pequena diferença entre importações e exportações, indicando o quadro de auto-suficiência.
Equipe MilkPoint
Para continuar lendo o conteúdo entre com sua conta ou cadastre-se no MilkPoint.
Tenha acesso a conteúdos exclusivos gratuitamente!
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.
Deixe sua opinião!

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 14/12/2006
Com a alta de preços do leite em pó, desnatado e integral no mercado internacional, seja pela seca na Austrália, seca do sul da Europa, baixos estoques no mercado europeu, redução de subsídios à exportação por esse mesmo bloco econômico ou mesmo a chegada do inverno na União Européia, a tendência é que se exporte mais, mesmo com o câmbio desfavorável.
Do total importado, cerca de US$ 8 milhões foram de leite em pó originário da Argentina e do Uruguai. Ao mesmo tempo em que a tendência das exportações pode ser de alta, a tendência das importações de leite em pó originários desses dois países tende a ser de baixa. Isso deve ocorrer em função do compromisso de preços firmados com esses países - o preço de importação de leite em pó desnatado a partir do dia 09 de dezembro até o dia 23 de dezembro desse ano, passa a ser de US$ 2.475 por tonelada e do leite em pó integral para US$ 2.375 por tonelada. Esse é um fator inibidor das importações originárias desses países.