Balança de lácteos registra déficit de US$ 245 mil
Em agosto, a balança comercial de lácteos registrou déficit de US$ 245,6 mil. No mesmo período do ano passado, o saldo foi de US$ 3,15 milhões positivos.
Publicado por: MilkPoint
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As exportações somaram US$ 12,8 milhões, o que representou um acréscimo de 1,44% frente ao valor enviado no mês de julho, mas uma queda de cerca de 7% frente a agosto de 2005. Em volume, as exportações foram de 8,75 mil toneladas, o que significou uma redução de 6,26% frente à quantidade vendida em julho, e um aumento de cerca de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Isso mostra que em agosto, um volume 26% maior neste ano foi enviado ao mercado externo por um valor 7% mais baixo que em 2005. Isso está relacionado ao tipo de produto exportado - crescimento dos envios de leite condensado, mais barato por tonelada, em relação ao leite em pó.
No acumulado do ano, foram exportados em torno de US$ 98,75 milhões - cerca de 31% a mais que o mesmo período de 2005. Em volume, de janeiro a agosto foram exportadas 61,5 mil toneladas, quantidade cerca de 35% superior ao mesmo período do ano passado.
Segundo informações da CNA, as remessas ao exterior de produtos lácteos devem encerrar o ano com valores inferiores a US$ 150 milhões. Para o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, "a valorização do real frustrou as perspectivas de exportações que poderiam chegar a US$ 300 milhões em condições mais favoráveis".
As importações de agosto somaram US$ 13,08 milhões, o que representou um acréscimo de 16,09% frente a julho, e de 22,7% em relação a agosto do ano passado. Em volume, foram importadas cerca de 9,97 mil toneladas, significando um aumento de 57,14% em relação a julho e 53,5% frente ao mesmo período de 2005.
No acumulado do ano, as importações somaram cerca de US$ 93,458 milhões, ou seja, 5,24% superiores ao mesmo período de 2005. Em volume, foram importadas cerca de 54,9 mil toneladas, o que representa também um acréscimo de 2,3% frente ao acumulado até agosto do ano passado.
Segundo a CNA, as variações cambiais decorrentes dos acontecimentos da economia internacional (elevação da taxa de juros americana e entrada de recursos externos) e da economia nacional (ritmo de queda da taxa de juros e metas de inflação) são os principais motivos de incertezas sobre o futuro das exportações de lácteos brasileiras.
Para Alvim, mesmo as novas medidas cambiais lançadas pelo governo em agosto, em que parte dos dólares das exportações ficarão no exterior para pagar obrigações, são inexpressivas para o setor lácteo. É necessário, segundo ele, uma redução substancial da taxa de juros e adoção de medidas de apoio a comercialização para evitar as quedas sistemáticas dos preços pagos aos produtores, a exemplo do que ocorreu no segundo semestre de 2005.
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