AUS: maiores preços não deve afetar demanda asiática

Pesquisa recente feita pelo Dairy Australia mostrou que, com exceção do Japão, a demanda por lácteos nos principais mercados asiáticos não deverá ser afetada de forma significativa pelos aumentos nos preços.

"O que temos visto nos últimos 12 meses é a criação de uma nova demanda por commodities lácteas que deverá continuar durante um longo período", disse o analista de indústria da entidade, Norman Repacholi. "O aumento na demanda tem sido estimulado pelo crescimento populacional, aumentos na renda das pessoas e nas influências do estilo ocidental na dieta asiática. Mais importante ainda é que os mercados que pesquisamos mostraram uma forte preferência pelos produtos lácteos australianos".

"Nossos produtos têm alta consideração devido à qualidade, funcionalidade e aos rigorosos padrões de garantia de segurança alimentar aplicados nas exportações australianas. Essa é uma boa notícia aos produtores leiteiros australianos e deverá dar à indústria maior confiança para fazer investimentos futuros".

A pesquisa, a primeira deste tipo feita pelo Dairy Australia, avaliou a sustentabilidade da demanda com os atuais preços de commodities nos principais mercados de exportação asiáticos, incluindo Japão, Cingapura, Malásia, Indonésia, Filipinas, Tailândia, Taiwan, China e Coréia. O objetivo foi fornecer um entendimento mais profundo das respostas atuais e futuras de demanda nos mercados, potenciais substitutos lácteos, reação dos consumidores aos maiores preços e expectativas de uma futura demanda, particularmente em comparação aos substitutos lácteos.

Repacholi disse que nos mercados estudados, os lácteos foram consumidos devido ao sabor, propriedades funcionais e benefícios nutricionais, e que as mensagens genéricas promovendo os benefícios dos lácteos à saúde tiveram um impacto significante nos mercados internacionais.

"Parece que os lácteos são geralmente considerados uma fonte superior de proteína em relação à soja e outras proteínas de origem vegetal e, em alguns casos, foram também considerados fontes mais saudáveis e seguras de proteína do que as carnes".

Como resultado disso, os aumentos nos preços varejistas de até 15% passaram pela maioria dos mercados sem impactos significantes no consumo.