No próximo dia 27 a Cooperativa Central Oeste Catarinense (Coopercentral Aurora/Aurora Alimentos) dará início a um complexo sistema de rastreabilidade nas cadeias leiteira, avícola e suína. Serão registrados desde o insumo até o produto na mesa do consumidor.
O sistema permitirá capturar, armazenar e relacionar desde o provedor de insumos e matérias-primas, produtores, cooperativas singulares, até as unidades industriais da Aurora, a logística e o transporte, as unidades de venda e os consumidores. Um fluxo com registro, identificação e transmissão de informações permitirá conhecer a procedência, o produto e sua localização.
O registro dos estabelecimentos, das movimentações e das operações obedecerá normas internacionais da Codex Alimentarius, Comunidade Econômica Européia, Europgap e, nacionais, do Mapa, ABNT e Inmetro, entre outros.
A identificação dos animais poderá ser feita com brincos, anéis, chips eletrônicos ou DNA. Para insumos ou matérias-primas é indicada a utilização de etiquetas-padrão com a informação em código de barras. A transmissão das informações entre os parceiros da cadeia (fornecedor-cliente) será definida por acordos e utilizará os vínculos sucessivos entre lotes de produção e unidades de logística.
Mário Lanznaster, presidente da cooperativa, destacou que a adoção da rastreabilidade fortalecerá o sistema cooperativo, servirá de apoio para a prevenção de problemas, proporcionará informação dentro da empresa para facilitar o controle de processos e a gestão, protegerá a marca, identificará a origem e a responsabilidade dos problemas. Além disso, agregará valor aos negócios, potencializará o mercado, fidelizará consumidores e, como resultado final, assegurará a qualidade e a certificação dos produtos.
Serão necessários 18 meses para a completa implantação do sistema de rastreabilidade na Coopercentral Aurora, período no qual serão cumpridas as seis etapas: organização, identificação & planejamento, execução, verificação, avaliação & melhoria, acompanhamento & avaliação do projeto, informou a assessoria de imprensa da cooperativa.
A implantação do sistema de rastreabilidade servirá, também, como preparação para a conquista da ISO 22000:2005.
Aurora começa a implantar sistema de rastreabilidade
No próximo dia 27 a Cooperativa Central Oeste Catarinense (Coopercentral Aurora/Aurora Alimentos) dará início a um complexo sistema de rastreabilidade nas cadeias leiteira, avícola e suína. Serão registrados desde o insumo até o produto na mesa do consumidor.
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CLAUDIO NAPOLIS COSTA
JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO
EM 18/06/2007
Muito significativa, por demais importante para a cadeia produtiva do leite esta notícia, iniciativa da Coopercentral Aurora/Aurora Alimentos.
A rastreabilidade não é um fim em si mesma, mas um processo integrante de um sistema maior, que permeia toda a cadeia produtiva, da origem do produto ao alimento disponibilizado para consumo - a logística de controle de qualidade desde a unidade rural de produção à mesa do consumidor.
Assim como o setor industrial motivou/induziu pelas suas diretrizes na logística de captação e pagamento por qualidade da matéria-prima a granelização e resfriamento do leite, com reflexos na sua melhoria (que evolui gradativamente), esta atitude terá um significado determinante na ampliação do consumo doméstico pela confiança do consumidor e do mercado externo pela comprovação de padrão e de mecanismo de controle de qualidade, indispensáveis à garantia da segurança alimentar e da eliminação de imposições ao acesso a novos mercados, apresentados sob forma de barreiras não-tarifárias.
Neste contexto, temos conhecimento dos esforços do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - Mapa, em implementar os mecanismos de controle de fraudes, contaminantes e resíduos no leite. Não é uma ação simples, mas complexa e de natureza sistemática. Exige uma definição de ações e responsabilidades compartilhadas dos diversos segmentos da cadeia produtiva para o alcance de objetivos comuns.
Na medida em que a iniciativa se expandir e incorporar esta visão estratégica para a cadeia produtiva do leite, eliminam-se as dificuldades observadas com a "rastreabilidade" na cadeia de bovinos de carne (operacionalizada de forma limitada em apenas identificar animais destinados ao abate) e estrutura-se mais um processo fundamental para a inserção competitiva dos produtos lácteos no mercado internacional.
A rastreabilidade não é um fim em si mesma, mas um processo integrante de um sistema maior, que permeia toda a cadeia produtiva, da origem do produto ao alimento disponibilizado para consumo - a logística de controle de qualidade desde a unidade rural de produção à mesa do consumidor.
Assim como o setor industrial motivou/induziu pelas suas diretrizes na logística de captação e pagamento por qualidade da matéria-prima a granelização e resfriamento do leite, com reflexos na sua melhoria (que evolui gradativamente), esta atitude terá um significado determinante na ampliação do consumo doméstico pela confiança do consumidor e do mercado externo pela comprovação de padrão e de mecanismo de controle de qualidade, indispensáveis à garantia da segurança alimentar e da eliminação de imposições ao acesso a novos mercados, apresentados sob forma de barreiras não-tarifárias.
Neste contexto, temos conhecimento dos esforços do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - Mapa, em implementar os mecanismos de controle de fraudes, contaminantes e resíduos no leite. Não é uma ação simples, mas complexa e de natureza sistemática. Exige uma definição de ações e responsabilidades compartilhadas dos diversos segmentos da cadeia produtiva para o alcance de objetivos comuns.
Na medida em que a iniciativa se expandir e incorporar esta visão estratégica para a cadeia produtiva do leite, eliminam-se as dificuldades observadas com a "rastreabilidade" na cadeia de bovinos de carne (operacionalizada de forma limitada em apenas identificar animais destinados ao abate) e estrutura-se mais um processo fundamental para a inserção competitiva dos produtos lácteos no mercado internacional.

JORGE LUIS P. ROCHA
RIO CLARO - SÃO PAULO - EMPRESÁRIO
EM 12/06/2007
A iniciativa merece nosso cumprimento. Acho que a declaração "a adoção da rastreabilidade fortalecerá o sistema cooperativo" é bastante acertada! Principalmente se um dos pilares de sustentação da rastreabilidade for respeitado, que é a necessidade de existir o sentido inverso, ou seja, o produtor deve obter a partir da rastreabilidade, o destino de sua produção.
Esta é uma forma importante de promover a evolução cultural da base produtiva.
Esta é uma forma importante de promover a evolução cultural da base produtiva.