Aumento de custo limita margem do produtor
Segundo o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, os aumentos da oferta e do preço do leite em 2007 se justificam pelo aumento do consumo interno e a ampliação das exportações de leite. Entretanto, os números da pesquisa dos Ativos da Pecuária de Leite, realizado pela CNA e pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), apontam significativo aumento nos custos da atividade, causado principalmente pelo crescimento dos preços dos concentrados entre outubro de 2007 e janeiro de 2008 e nos reajustes do sal mineral no início deste ano.
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Entretanto, os números da pesquisa dos Ativos da Pecuária de Leite, realizado pela CNA e pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), apontam significativo aumento nos custos da atividade, causado principalmente pelo crescimento dos preços dos concentrados entre outubro de 2007 e janeiro de 2008 e nos reajustes do sal mineral no início deste ano. "O custo da alimentação do rebanho poderá limitar a manutenção das margens que o produtor obteve no ano passado", considerou Alvim, com base nos resultados dos painéis realizados em 17 regiões produtoras do país, como parte do projeto do Ativos do Campo.
Nos quatro meses pesquisados, o preço do milho chegou a ser reajustado em 27% na média de Goiás, ficando mais caro em 10% no Rio Grande do Sul. Quanto ao farelo de soja, a maior alta foi de 18% no Paraná e a menor, de 0,25%, em Minas Gerais. Segundo a pesquisa, os concentrados representam 64,4% dos gastos dos produtores com a alimentação do rebanho.
Conforme informações da Agência CNA, o levantamento do Cepea apontou que o sal mineral (90g de fósforo) aumentou, em média, 8% em Goiás, entre dezembro de 2007 e janeiro de 2008. No mesmo período, os reajustes atingiram 9% em São Paulo e 21% em Minas Gerais. Os painéis realizados no final de 2007 mostram que a suplementação mineral representa de 4% a 15% do custo operacional efetivo das propriedades leiteiras de Goiás, entre 3% e 4% em Minas Gerais e de 2% a 6% em São Paulo.
Alvim defendeu ainda a criação de um seguro para produtores de leite, a exemplo do que existe em áreas agrícolas. "A pecuária de leite está sujeita a intempéries como outras culturas e deve integrar a política de seguro", disse.
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